Guerra Infinita: Uma festa com muitos convidados

Dez anos e 18 filmes depois, o Universo Cinematográfico Marvel está em festa, mas os convidados de honra são os espectadores.

“Vingadores: Guerra Infinita”, cuja estreia portuguesa, ontem, antecedeu em dois dias a norte-americana, é um longo filme que vem unir as pontas deixadas pelas anteriores películas Marvel e, por isso, congrega os super-heróis que até agora os protagonizaram, num reencontro com Robert Downey Jr, Chris Evans, Scarlett Johansson, Zoe Saldana ou Chris Pratt, agora em companhia de Josh Brolin, um convincente Thanos.

Esse era um dos maiores desafios dos realizadores, os irmãos  Anthony e John Russo, enfrentavam: dar sentido a dezenas (literalmente) de protagonistas e a verdade é que cada um deles se revela necessário quando a Terra e os seus defensores enfrentam a maior das ameaças: o vilão galáctico Thanos, que chega com o duplo propósito de encontrar algo e destruir o nosso planeta.

Se em termos técnicos o refinamento das produções Marvel/Disney é evidente, e o filme está bem equilibrado no que a humor e acção diz respeito, esperava-se um pouco mais da realização, apenas bem conseguida. O seu grande mérito, é ter originado um filme com tudo para agradar aos fãs cinematográficos Marvel, ao mesmo tempo que pode atrair os leitores de BD, pois segue de perto a saga “Infinito”, escrita por Jonathan Hickman, que a Goody acaba de lançar em português, numa mini-série com 4 números. Isso, possivelmente, proporcionará uma rápida rentabilização dos cerca de 300 milhões de euros despendidos na sua produção, o que faz dele um dos mais caros da história do cinema.

No final, satisfeitos com o filme, a desilusão dos espectadores será apesar de tudo grande. “Vingadores: Guerra Infinita”, é só um (bom) aperitivo para a conclusão que está agendada para daqui a um ano.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias