O 34.º Amadora BD – Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora encerra hoje, no antigo Ski Skate Amadora Park (SSAP).
Em exclusivo ao Jornal de Notícias, Catarina Valente, directora do festival indicou algumas razões para dedicar este domingo à BD, elegendo à cabeça “as exposições de originais, com uma curadoria especializada e uma cenografia que completa a experiência de imergir nas histórias aos quadradinhos”. A isto, acrescenta a “área comercial onde se celebra o melhor da edição portuguesa de banda desenhada” e, como extensão desta, “o contacto próximo com os autores através das sessões de autógrafos e dos vários lançamentos editoriais”, mais de meia centena no evento, boa parte de autoria nacional.
Este ano, o Amadora BD decidiu soprar as velas do aniversário de alguns dos mais populares heróis dos quadradinhos, celebrando os 85 anos do Super-Homem, os 75 do cowboy Tex, os 60 da Mônica “baixinha e golducha” e os 45 do glutão Garfield. Destaque ainda para “Agatha Christie em BD”, a retrospectiva de Miguelanxo Prado e para as mostras monográficas de Bernardo Majer, Filipe Andrade, Jorge Coelho e Derradé.
Nesta edição, segundo Catarina Valente, o SSAP, em relação ao ano transacto, apresenta “melhor organização e uma programação mais abrangente na zona de Gaming, o reforço da área comercial com um hall e um novo sistema de senhas que tem permitido um fluxo mais organizado”. Em termos de programação, destaca “o maior equilíbrio entre os clássicos e as novidades”.
Hoje, último dia, a zona de autógrafos vai acolher, entre outros, Derradé, João Sequeira, Rui Cardoso Martins, Filipe Andrade, Jorge Coelho, Paulo J. Mendes, Bernardo Majer, os espanhóis Prado e Mayte Alvarado, os brasileiros Vitor Cafaggi e Alcimar Frazão, e os norte-americanos Bob Mcleod e Mike Gray, desenhadores do Super-Homem tal como o português Miguel Mendonça.
Em termos de balanço antecipado, a directora do evento realça “o retorno positivo por parte do público e da comunidade bedéfila, com críticas construtivas e motivadoras” e destaca “a programação equilibrada, com uma oferta diversificada de conteúdos que abrangem todas as gerações de leitores”.
Em relação ao próximo ano, para lá da autoria do cartaz caber a Paulo J. Mendes, uma vez que o seu livro “Elviro” foi distinguido pelo festival como Melhor Obra de Autor Português, apenas é possível adiantar que o Amadora BD “continuará a apostar em conteúdos para todas as gerações, com o rigor, a diversidade e a criatividade que têm caracterizado as últimas edições”.
Para lá do festival, a oferta de banda desenhada continuará na Amadora, pois as exposições “Causa Provável”, de André Letria, e “Traço e a Têmpra”, de Marta Teives, ficarão patentes até 19 de Novembro na Galeria Municipal Artur Bial, e a grande mostra dos “75 Anos de Tex”, poderá ser visitada até 30 de Novembro, na Bedeteca da Amadora/Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos.
Escrito Por
F. Cleto e Pina
Publicação
Jornal de Notícias