Nas bancas (I)

Após longa ausência, esta semana voltaram às bancas portuguesas revistas da Turma da Mónica, reanimando o sector juntamente com edições brasileiras da Marvel e da DC. A par da estreia em revista própria de Ronaldinho Gaúcho, nas suas traquinices de miúdo, há ainda uma dúzia de títulos, com o nome dos principais heróis (Mónica, Cebolinha, Cascão, Magali, Chico Bento), entre revistas novas (com a numeração a recomeçar do #1) e almanaques antológicos, edições especiais e de jogos.

Lê-las, é como reencontrar velhos amigos que conhecemos bem, o que é, aliás, uma das razões do seu sucesso: crianças normais, bem caracterizadas, constantes e coerentes, que brincam num mundo como o nosso, expurgado de tudo aquilo que é prejudicial, transmitindo de forma bem divertida mensagens positivas (amizade, responsabilidade, segurança, consciência ecológica, etc.), sem cair em moralismos excessivos.

Nós sabemos como cada um vai agir: antecipamos os planos do Cebolinha, as respostas arrasadoras da Mónica, a fuga à água do Cascão ou a fome da Magali, mas não conseguimos, mesmo assim, deixar de sorrir com as peripécias e desfecho de cada história. O que não impede que não possa haver surpresas, como uma sátira ao Big Brother Brasil, em “Cebolinha #1”, ou a história inicial de “Cascão #1”, em que ele assume a identidade de diversos membros da Turma, para no final assumir o lugar do desenhador.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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