Etiqueta: Turma da Mônica

Descobrir a outra Turma da Mônica

Vítor e Lu Cafaggi mostram a Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali como nunca os vimos
“Laços” é um conto que exala doçura, encanto, o cheiro e o sabor a infância

Foram muitos aqueles que em Portugal, desde os anos 1970, cresceram a ler as revistas da Turma da Mônica, que actualmente, como então, ainda podem ser encontrados em quiosques nacionais.
Ao longo dos anos, mais do que uma vez, foi levantada a hipótese de produção portuguesa de alguns desses títulos, com a linguagem mais adequada ao nosso português, mas no final, curiosamente, a estreia lusa da Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali acaba por acontecer com uma das propostas alternativas da linha Graphic MSP, uma chancela criada no Brasil em 2012, para que autores fora daquele universo, dessem a sua visão pessoal das personagens de Maurício de Sousa.
Uma das primeiras edições foi este “Turma da Mônica: Laços”, dos irmãos Vítor e Lu Cafaggi, que surge agora em edição portuguesa da Bicho Carpinteiro, e foi uma das mais aclamadas e deu mesmo origem a um filme live action no Brasil.
“Laços” é um mergulho deslumbrante no mundo maravilhoso da infância, com as emoções, sinceras e genuínas, à flor da pele, um relato repleto de sonhos, fantasia, imaginação e, acima de tudo, amizade. O que primeiro salta à vista é o desenho doce e bonito dos irmãos Cafaggi e esse deslumbramento prossegue ao longo de uma história simples e directa mas irresistível, bem desenvolvida e com o rimo certo em cada sequência, alternando o texto escrito com a descrição puramente gráfica, em que os laços da amizade de um menino por um cãozinho e dos amigos do menino por ele, conseguem sobrepor-se e fazer ultrapassar os medos, os receios, os fantasmas infantis e o desconhecido. E até transformar em respeito (alguma d)a maldade e crueldade inerente ao mundo em que vivemos.
Como se isto não fosse bastante, Vítor e Lu acrescentaram uma série de referências, gráficas e não só, à cultura pop dos anos 80, à própria Turma da Mônica e às características intrínsecas de personagens que conhecemos há décadas.
Esta dupla leitura, ajuda a que tanto os pais como os filhos possam desfrutar deste belíssimo conto que exala doçura e encanto, o cheiro e o sabor a infância, no qual vamos descobrir o Cebolinha, a Mônica, a Magali, o Cascão e, claro, o Floquinho, como nunca os vimos, para nos rendermos e apaixonarmos.

Turma da Mônica: Laços
Vítor e Lu Cafaggi
Bicho Carpinteiro
80 p., 16,95 €


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F. Cleto e Pina

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Astérix e Turma da Mônica festejam meio século na Amadora

O 20º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora (FIBDA), que começa no próximo dia 23, fica marcado pela comemoração dos 50 anos de Astérix e companhia, revisitados através de uma mostra de coleccionismo, uma temática cada vez mais presente nas mostras de banda desenhada, e dos 50 anos de carreira de Maurício de Sousa.
Com o núcleo central mais uma vez localizado no Fórum Luís de Camões, na Brandoa, o festival tem como tema “O Grande Vigésimo”, numa alusão ao seu próprio aniversário, cujas comemorações, face ao programa agora divulgado, ficam aquém do expectável, já que há muitas repetições e poucas novidades. A efeméride é revisitada na exposição central intitulada “Consequências e Heranças do FIBDA”, dividida em quatro núcleos: Almanaque, Contemporaneidade Portuguesa, Colecção CNBDI e 20 anos de Concursos.
No mesmo local estarão também exposições individuais dedicadas ao italiano Giorgio Fratini, autor do livro “Sonno Elefante – As Paredes têm Ouvidos”, que explora as memórias do edifício que serviu de sede à PIDE, aos Prémios Nacionais de 2008 (Rui Lacas, António Jorge Gonçalves, Emmanuel Lepage, Madalena Matoso e Isabel Minhós Martins) e aos portugueses Osvaldo Medina e José Garcês. Em termos colectivos, a Polónia e o Canadá são os países convidados este ano, marcando o manga presença através dos Ncreatures.
Como habitualmente, o festival, que decorre até 8 de Novembro, estende-se por vários espaços da cidade destacando-se a homenagem a Vasco Granja, na Galeria Municipal Artur Bual, o centenário de Adolfo Simões Muller, na Casa Roque Gameiro, e, no CNBDI, a retrospectiva/biográfica do argumentista Héctor Germán Oesterheld, uma das vítimas da ditadura argentina.
Entre os convidados já confirmados contam-se Maurício de Sousa, Cameron Stewart, Giorgio Fratini, C. B. Cebulski, argumentista e um dos principais caça-talentos da Marvel, Javier Isusi, Johan de Moor, Emmanuel Lepage e Carlos Sampayo, o argumentista de Alack Sinner.


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F. Cleto e Pina

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50 anos a animar a Turma

A 18 de Julho de 1959, Maurício de Sousa iniciava “oficialmente” a sua carreira com o cãozinho azul Bidu que, recorda, “foi assim baptizado no jornal Folha da Manhã, hoje Folha de S. Paulo”, apesar de já sair “em tiras a toda a largura da página, semanalmente, desde Maio”.
Eram os primeiros passos de um ex-repórter policial, hoje com 73 anos, que tentara a BD realista antes de (se) encontrar com a Turma da Mônica, que fez dele uma referência e um exemplo para sucessivas gerações. 50 anos e 200 personagens depois, vendeu mais de 1000 milhões de revistas, em 50 idiomas e 126 países, licenciou 3000 produtos, possui o maior estúdio de BD do Brasil e é o maior produtor de cinema de animação daquele país.
Para este sucesso, tem uma explicação simples: a Turma da Mônica é formada por crianças que agem como crianças e que reflectem valores imutáveis e fundamentais: “amizade, solidariedade, superação”.
Depois do Bidu, vieram o Franjinha, o Cebolinha, Mônica, a estrela da companhia, inspirada num dos dez rebentos que teve em seis casamentos. E também o Cascão e a Magali, Chico Bento, a tétrica turma do Penadinho, o mini-dinossauro Horácio, o Astronauta e até o português Alfacinha. Ou Pelezinho e Ronaldinho Gaúcho, mini-heróis de papel, sempre com a bola nos pés. E um filho de pais separados, uma menina cega, outro paraplégico, para que as suas criações reflictam sempre o mundo real, defendendo a integração, o direito à diferença, o respeito pelos outros.
Projectos nunca faltam: o regresso às bancas portuguesas, há dois anos, Mônica, Cebolinha e os outros, adolescentes, em estilo manga, campanhas educativas e de sensibilização, edições pedagógicas na China, Ronaldinho Gaúcho numa série animada em Itália, revistas em inglês e espanhol (“um velho sonho”), o desejo de ver Pelezinho como mascote do Mundial de 2014…
Agora, depois da Unicef fazer da “dentucinha” sua embaixadora, as comemorações incluem vários livros, uma homenagem de cartoonistas, a partir de 2ª-feira neste site, um documentário no Biography Channel e a exposição “Maurício 50 anos”, no Museu Brasileiro de Escultura, que traça o seu percurso e mostra os heróis da Turma reinterpretando obras de arte clássicos.


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F. Cleto e Pina

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Turma da Mônica explica acordo ortográfico

Chega hoje aos quiosques e bancas portuguesas a revista “Saiba Mais! – Turma da Mônica #16 – Reforma Ortográfica”, uma publicação com carácter didáctico, em os heróis criados por Maurício de Sousa explicam as novas regras de escrita para a língua portuguesa.
Publicada originalmente em Dezembro de 2008 no Brasil, no mês anterior à entrada em vigor do Acordo Ortográfico naquele país, a narrativa começa por explicar as razões que levaram à sua criação através de uma breve introdução histórica à difusão do português pelo mundo. Depois, associa mais um dos planos infalíveis do Cebolinha para derrotar a Mônica, à enumeração das principais mudanças que o acordo, ainda sem data de entrada em vigor no nosso país, vai introduzir na escrita do português, utilizado por cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.
As principais alterações com efeito no Brasil são explicadas pelo Manezinho, enquanto que o António Alfacinha, o “miúdo luso”, faz nova aparição nas histórias da Turma na última mão cheia de pranchas, para explicitar quais as mudanças mais relevantes no português de Portugal: perda das consoantes não pronunciadas em palavras como “acção”, “facto” ou “adopção” ou eliminação do “h” em “húmido”. Como nota negativa ficam dois erros graves: Timor-Leste é indicado como ficando na Indonésia e “erva” em Portugal ainda seria “herva”.
Depois das 20 pranchas de BD, que terminam com mais uma tradicional perseguição da Mônica ao Cebolinha, surgem mais 10 páginas de passatempos, já segundo as novas regras ortográficas. Como oferta, a edição, traz uma mini-revista com uma história do Franjinha que aborda o mesmo tema.


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F. Cleto e Pina

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Turma da Mônica homenageia Michael Jackson

Maurício de Sousa divulgou no passado sábado um guião de homenagem a Michael Jackson. É uma história intitulada “À espera de um astro”, escrita pelo argumentista Paulo Back e protagonizada pela Turma do Penadinho, composta por fantasmas, esqueletos, múmias, vampiros e lobisomens, que esperam pelo rei da Pop num cemitério. Enquanto aguardam, usam alguns dos acessórios típicos do cantor e tentam imitar os seus passos, evocando o videoclip de “Thriller”, mas com resultados desastrosos. No final, acabam desiludidos pois a Dona Morte informa que o cantor foi para o céu, onde o vemos a dançar com o Anjinho, entre outros.
São dez páginas, para já apenas na forma de esboço, que foram anunciadas no Twitter, podendo ser vistas aqui. Depois de desenhada e colorida, a história deverá ser publicada na revista “Mônica” #33, a editar no Brasil em Setembro e que deverá ser distribuída em Portugal em Março de 2010.
Esta não é a primeira vez que o cantor se cruza com os heróis da Turma da Mônica, já que na década de 80 teve diversas aparições nas revistas de Maurício de Sousa.


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F. Cleto e Pina

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Turma da Mónica Jovem chega a Portugal

A Turma da Mónica Jovem, a versão adolescente em estilo manga de Mônica, Cebolinha e Cascão, o mais recente sucesso de Maurício de Sousa, chega aos quiosques portugueses hoje, dia 29.

Na origem do projecto, desenvolvido ao longo de mais de um ano, esteve a vontade do autor de chegar também ao público adolescente. Daí o facto de os heróis da Turma que todos conhecemos como crianças, rondarem agora os 15, 16 anos, com as diferenças óbvias, reveladas desde logo nas poses sensuais de Mônica e Magali (que continua a comer muito, mas de forma equilibrada), no facto do Cebolinha – agora Cebola – só trocar os “rr” pelos “ll” quando está nervoso ou de o Cascão já tomar banho.
O facto de a colecção ser especialmente vocacionada para os adolescentes foi decisivo na escolha do estilo manga, aquele que eles mais lêem, e na adequação da temática aos seus interesses, dando-lhe mesmo um tom de aventura fantástica nos primeiros quatro tomos. A partir do quinto, o quotidiano e as suas preocupações serão a temática dominante pois, como referiu Maurício de Sousa ao JN durante a sua passagem pelo Festival de BD da Amadora, em Novembro último, a Turma da Mônica Jovem (nome escolhido por votação dos fãs pela Internet) “vai permitir-nos abordar temas importantes para os jovens como acne, namoro, sexo seguro, gravidez indesejada ou incorporação no exército, numa perspectiva educativa e didáctica”.
A Turma da Mônica Jovem (publicada em volumes mensais de 130 páginas a preto e branco, que custarão 2,10 € no nosso país), começou com tiragens de 50 mil exemplares que esgotaram rapidamente o que obrigou a várias reimpressões, tendo no quinto volume atingido os 400 mil exemplares, distribuídos em quiosques e livrarias (onde têm estado recorrentemente no top dos mais vendidos) o que faz dela a revista mais vendida no Brasil nos últimos 30 anos.


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F. Cleto e Pina

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“O mais importante da Turma da Mônica são os valores que transmite”

Chama-se Maurício de Sousa, nasceu há 73 anos no Brasil, completa 50 de carreira em 2009 e demonstra uma enorme vitalidade, notória nos muitos projectos que continua a desenvolver e a abraçar.
O principal, no momento, é a Campanha Educacional na China com a Turma da Mônica, “via Internet, desenvolvida a convite do governo chinês”, como faz questão de frisar. E entusiasma-se: “Imagine a oportunidade que temos de inculcar os nossos valores em 180 milhões de crianças daquela que vai ser em breve a nação mais poderosa do mundo!”.
Aliás, após meio século de “quadrinhos”, se mudaram “a linguagem e as ferramentas”, se há actualizações “devidas aos progressos tecnológicos”, se há “novas temáticas como a ecologia ou o respeito pela diferença”, algo permanece inalterado na Turma: “os valores que queremos transmitir: amizade, solidariedade, superação”.
Valores também presentes na Turma da Mónica Jovem, “o filho que de momento me exige mais cuidado, pois finalmente deixou o meu colo e está à vista de todos”, diz com um brilhozinho nos olhos que surge quando fala nos seus “rebentos”. Desenhado por si – “faço sempre o primeiro esboço de novas personagens” – com a ajuda “imprescindível da minha esposa, Alice Takeda, que faz rostos melhor do que eu e domina o que diz respeito a moda e vestuário”, é “uma versão adolescente em estilo manga dos heróis tradicionais”, com a narrativa dividida entre acção e fantasia, “de acordo com os gostos adolescentes” e o quotidiano dos protagonistas, o “que nos vai permitir abordar temas importantes para os jovens como acne, namoro, sexo seguro, gravidez indesejada ou incorporação no exército”, e que os portugueses conhecerão dentro de três meses. E se não vê problema “nas poses sensuais de Mônica e Magali ou em piadas com duplo sentido”, obrigou a “oito versões da capa do nº 4, em que a Mônica beija o Cebola” – e recusa mostrar “o Cascão na banheira, apesar de ele agora já tomar banho”. Porque a última palavra continua a ser sua, pelo que revê “1000 páginas de BD por mês” e todos os contratos passam por si.
Vocacionada para adolescentes, a “Turma da Mônica Jovem” é também lida “por adultos que querem ver como cresceram os heróis de infância e por crianças que querem saber como serão um dia”, o que fez dela um “sucesso, que nunca esperamos, embora sabendo que o trabalho bem feito geralmente gera bons resultados”, com a tiragem inicial de 50 mil exemplares quintuplicada após apenas 3 números, com o interesse da Cartoon Network na sua difusão mundial em desenhos animados e inúmeras solicitações para licenciamentos.
Afável, vibra com outros temas como a “nova série de animação computorizada”, o sucesso internacional da revista “Ronaldinho Gaúcho”, a possibilidade de concretizar “em breve dois parques temáticos em shoppings de Lisboa e Porto”, o desejo de ter ”dois dias de calma para criar as bases” duma versão do Homem-Aranha já anunciada ou a possibilidade do seu “Pelezinho se tornar na mascote da selecção brasileira de futebol”.
E, demonstrando uma enorme vitalidade, encontra tempo para “conversar regularmente com os fãs nos fóruns da internet”, de forma a “garantir a interacção com o leitor”, por isso os seus quadradinhos vendem 2 milhões de exemplares mensais no Brasil e são traduzidos em 30 línguas, contrariando os sinais de crise e de dificuldade de renovação de leitores da BD dita popular. Porque, conclui Maurício de Sousa”, “prefiro errar ao tentar fazer algo novo, do que acertar em algo já experimentado”.

António Alfacinha e o Acordo Ortográfico

Estreado em Julho de 2007, na revista “Cebolinha” #7, o “miúdo luso” da Turma da Mónica “tem andado algo fugido”, confessa o seu pai, apesar de aparições fugazes em duas histórias “que ainda não chegaram a Portugal”. Mas promete para breve ”uma história em quadrinhos protagonizada por ele”, bem como um papel fundamental na revista “Turma da Mónica – Saiba Mais #16 – Reforma ortográfica” (que deverá chegar às bancas portuguesas em Junho de 2009), no qual Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e o António Alfacinha dão a “conhecer as mudanças que aproximam todos os países que falam a língua portuguesa”.


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Turma da Mónica Jovem para adolescentes

Heróis de Maurício de Sousa mais velhos em Agosto; nova versão pretende focar temas como o sexo e as drogas numa perspectiva educativa; adoptado estilo manga para seduzir novos leitores

A notícia não é nova, pois há mais de um ano que Maurício de Sousa faz referências a este projecto, mas a divulgação das primeiras imagens da Turma da Mónica em estilo manga (designação da BD japonesa) prometem causar polémica, que já está instalada nos blogs e sites brasileiros de quadradinhos, com os potenciais leitores divididos entre dar o benefício da dúvida e a recusa pura e simples.
Na verdade, a Turma da Mónica Jovem (assim baptizada por votação dos fãs pela Internet) faz uma ruptura total com os heróis que gerações acompanham há quase meio século, quer na sua temática, quer no seu grafismo. Ou não fossem a Mónica, Cebolinha, Cascão ou Magali retratados na sua adolescência e claramente vocacionados para esta faixa etária, grande apreciadora de quadradinhos japoneses, uma vez que as revistas tradicionais da Turma dividem o seu público maioritariamente entre crianças e adultos. Por isso, a temática das novas histórias abordará “temas diversos, como drogas, bebidas e sexo”, como afirmou o desenhador ao jornal brasileiro “Estado de S. Paulo”, numa perspectiva educativa e didáctica, porque “o autor deve tratar o leitor como filho e, por isso, tem a responsabilidade de o educar”.
Graficamente, Mónica, Cebolinha, Cascão, Magali e os restantes membros da Turma, rondam agora os 15, 16 anos e, embora mantendo o traço arredondado e bem definido e as suas características próprias, ganham um aspecto mais realista, mais humano, com roupas e acessório bem modernos e mesmo um toque de sensualidade no que às meninas diz respeito.
A nova publicação será lançada em Agosto, em paralelo com as demais revistas de Maurício de Sousa, porque “uma linha não invalida a outra” e a ideia é “lançar números mensais por pelo menos um ou dois anos para sentir a recepção do público”. No interior, a preto e branco, tal como a maioria dos manga, estão bem patentes algumas das características daquele género de BD: olhos grandes, bocas desmesuradamente abertas ou uso profícuo de linhas indicadoras de movimento. A Portugal, onde os títulos regulares da turma da Mónica são distribuídos mensalmente, a nova revista deverá chegar no início de 2009. Nos quiosques está actualmente a mini-série “Tina e os Caçadores de Enigmas“, uma nova versão da turma da Tina, na linha de modelos como Indiana Jones ou Tomb Raider, que Maurício de Sousa lançou no início deste ano, também o mesmo objectivo de chegar ao público jovem.


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Turma da Mônica: As tiras clássicas e a biografia do autor em BD

Colectânea recolhe primeiras tiras dos heróis, originalmente publicadas nos anos 60; Edições distribuídas esta semana em Portugal

Para além das revistas regulares de Mónica, Cebolinha, Cascão, Magali ou Ronaldinho Gaúcho, que desde há quase um ano chegam mensalmente às bancas e quiosques portugueses, esta semana haverá duas edições especiais da Turma da Mónica que merecem atenção especial.
A primeira é “As tiras clássicas da Turma da Mônica – vol. 1” que reúne, no formato tradicional quadrado (21 x 21 cm) das recolhas das tiras de imprensa, as primeiras 360 tiras da Turma da Mônica publicadas originalmente entre 1962 e 1964 na imprensa brasileira, muitas delas integralmente escritas e desenhadas por Maurício de Sousa, pois são anteriores à criação do seu estúdio. São 128 páginas a preto e branco que mostram o aspecto original, nalguns casos bem diferente do actual, dos heróis hoje mundialmente famosos, e como a sua importância relativa dentro da série se foi alterando, com a curiosidade de comentarem aspectos da actualidade (de então) da sociedade brasileira, o que, em alguns casos, as tornaria incompreensíveis, sem as notas explicativas existentes no final da edição
A segunda é “Maurício de Sousa – Biografia em quadrinhos”, disponível em capa brochada ou cartonada, e conta – em banda desenhada – o percurso do autor, as suas origens ou em quem se inspirou para dar vida aos seus heróis. Tudo narrado com o traço e o humor habituais do autor, como se se tratasse de uma grande gala comemorativa de mais um aniversário de Maurício, na qual marcam presença não só Mônica, Cebolinha, Cascão e companhia (que atrapalham constantemente a narrativa com as habituais brincadeiras), mas outros grandes heróis da BD como Mickey, Astérix, Super-Homem ou Flash Gordon, bem como alguns dos seus criadores. A edição é complementada com fotografias do autor ao longo dos anos e uma entrevista conduzida pelo jornalista brasileiro Sidney Gusman.
Nos próximos dias será igualmente distribuída a revista “Clássicos do Cinema #4 – Coelhada nas Estrelas”, uma sátira da Turma da Mônica à saga “Star Wars – Guerra das Estrelas”.


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F. Cleto e Pina

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Turma da Mônica chega à China

Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e todos os outros componentes da Turma da Mônica, acabam de acrescentar mais uma língua ao seu já longo currículo verbal, desta vez aquela que mais pessoas utilizam no mundo: o mandarim.
Na verdade, cinco revistas da série “Saiba Mais!” foram lançadas na China pela OEC – Online Eucation China, no seguimento de uma parceria estabelecida por aquela editora e pelo Consulado do Brasil de Xangai. O projecto estava em estudo há mais de um ano, tendo agora sido concretizado.
Os cinco títulos, protagonizados pelas principais criações de Maurício de Sousa, têm uma vocação didáctica e abordam os seguintes temas de forma leve e divertida: “Descobrimento do Brasil”, “Fenómenos da Natureza” (que chegará às bancas portuguesas em Março, uma vez que esta colecção está a ser distribuída bimestralmente entre nós desde o mês passado), “Futebol”, “Meio Ambiente” e “Imigração”. Para além das histórias aos quadradinhos as revistas incluem também passatempos educativos.
A China junta-se assim à meia centena de países que lê regularmente as histórias da Turma da Mônica, entre os quais, Espanha, Indonésia, Coreia do Sul e Estados Unidos. Em entrevista ao Jornal de Notícias, em Novembro de 2006, aquando da sua passagem pelo Festival de BD da Amadora, Maurício de Sousa, que nasceu em 1935, revelou que a “internacionalização” das suas criações implica alguns cuidados, para que não sejam feridas susceptibilidades em cada um dos mercados, confessando que os Estados Unidos são um dos mais susceptíveis.
Principal embaixadora dos quadradinhos brasileiros, com vendas mensais no Brasil na ordem dos dois a três milhões de exemplares, a Turma da Mônica viu nascer as suas primeiras personagens, Bidú e Franjinha, em 1959, então no formato de tiras de imprensa que Maurício de Sousa vendia directamente aos jornais. O mais recente menino da Turma é português, tem o nome de António Alfacinha e fez a sua estreia na revista “Cebolinha #7”, ainda nas bancas portuguesas.


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