Com apenas dois episódios exibidos, a nova série televisiva The Walking Dead é já um enorme sucesso. Com audiências próximas dos 5 milhões de espectadores nos Estados Unidos, as maiores de sempre em canais por cabo, apesar de apenas terem sido exibidos até agora dois episódios, segundo o canal AMC está já garantida uma 2ª temporada que terá pelo menos 13 episódios, mais 7 que a actual.
Protagonizada pelo actor britânico Andrew Lincoln, que encarna o ajudante de xerife Rick Grimes, conta como na sequência de um acontecimento cujas origens e contornos para já se desconhecem, os mortos ressucitaram e passaram a alimentar-se dos vivos, só morrendo se o seu cérebro for desfeito. Desta forma, estes zombies predominam por toda a parte, restando poucos humanos em alguns focos de resistência.
No episódio inicial, exibido em Portugal no canal Fox, apenas dois dias depois da estreia nos EUA – embora numa versão mais curta 12 minutos do que a original – Grimes acorda de um coma provocado por um ferimento de bala recebdio durante uma perseguição policial e constata que o mundo tal como o conhecia desapareceu. Parte então em busca da mulher Lori (Sarah Wayne Callies) e do filho Carl (Chandler Riggs), que encontrá no segundo episódio, também já exibido entre nós. Só que, a situação mudou, e entre os dois surge agora Shane (Jon Bernthal), antigo colega de Grimes e líder de um grupo de quase duas dzenas de pessoas.
Aliás, embora os momentos fortes da série sejam os confrontos com os “mortos andantes”, extremanente bem conseguidos graças aos efeitos especiais empregues, na base da história está a exploração das reacções (e das relações) humanas em situações extremas, conseguida em televisão pela forma pausada e com muitos momentos de suspense como a trama é desenvolvida.
Maioritariamente passada na região de Atalanta, The Walking Dead, dirigida por Frank Darabont, baseia-se na banda desenhada homónima que começou a ser publicada em 2003 pela Image Comics. Escrita por Robert Kirkman e desenhada por Tony Moore e Charlie Adlard, tornou-se uma revista mensal de grande sucesso, contando até ao momento 78 números, apesar de ser a preto e branco e ocupar um nicho de mercado, o da BD de terror, normalmente sem grande expressividade.
Em Portugal, aproveitando a estreia televisiva e a forte campanha promocional criada ao seu redor, a Devir acaba de editar o primeiro volume de The Walking Dead, “Dias Passados”, correspondente aos seis primeiros números do comicbook, cuja leitura permite constatar a fidelidade da série ao original e (re)descobrir as imagens fortes de Moore e a história forte e impactante, desenvolvida em bom ritmo por Kirkman.
Aliás, talvez alavancada pelo sucesso televisivo, um exemplar de The Walking Dead #1, classificado como 9,9 pelo CGC – Certified Collectibles Group – Comics Guaranty, a entidade que classifica o grau de preservação das revistas, segundo uma tabela cujo máximo é 10, acaba de ser vendido em leilão por 1825 dólares (cerca de 1325 euros), o que não deixa de ser surpreendente para uma revista com apenas 7 anos que custava 2,95 US$.
Escrito Por
F. Cleto e Pina
Publicação
Jornal de Notícias