Quando Stan Lee e Steve Dikto criaram o Homem-Aranha, acrescentando aos problemas (monetários, sentimentais, existenciais…) do anódino Peter Parker a grande responsabilidade inerente aos seus grandes poderes, esqueceram-se de incluir na máxima que o norteia que os grandes poderes também atraem muitos adversários. Daí que num percurso longo de 45 anos (a primeira aparição do Homem-Aranha foi na “Amazing Fantasy #15”, em Agosto de 1962) tenham sido muitos e variados os inimigos que teve de enfrentar.
À cabeça, está o recorrente J, Jonah Jameson, o irascível director do Clarim Diário, que faz do Homem-Aranha o seu ódio de estimação, mas bem mais violentos, são os vilões que, com mais ou menos poderes, força bruta e/ou a inteligência, a solo ou em grupo, infernizaram a a vida de um dos mais amados super-heróis dos quadradinhos. No filme que hoje estreia, enfrenta três deles.
Homem-Areia
Um dos primeiros adversários do Aranha, o Homem-Areia, imaginado logo em 1963, na “Amazing Spider-Man #4”, por Lee e Ditko, nunca passou de um vilão de segunda categoria. William Baker de seu verdadeiro nome, ligado ao crime desde a infância, acabou preso, mas, após uma fuga da prisão, refugiou-se numa zona de testes nucleares onde, exposto à radiação, passou a poder transformar o seu corpo em areia, moldando-o conforme deseja.
Venom
Simbionte proveniente de outro planeta, pretendia dominar o Homem-Aranha. Acabou por se apossar do corpo de Eddie Brook, que odiava o herói, assumindo um aspecto assustador e poderes similares aos do herói, vivendo apenas com um objectivo: matá-lo. Apareceu pela primeira vez na “Amazing Spider-Man 299” (1988), sob o traço dinâmico e marcante de Todd McFarlane.
Duende Verde
Criado por Lee e Ditko na “Amazing Spider-Man 14”, de Julho de 1964, após uma experiência mal-sucedida do empresário e inventor Norman Osborn, que lhe aumentou a inteligência e a força mas o tornou insano, esta identidade seria assumida pelo seu filho Harry após a (suposta) morte acidental do pai num confronto com o Aranha. O Duende Verde original regressaria anos mais tarde, sendo um dos primeiros a mostrar que nas BD’s de super-heróis os bons e os maus, para além dos impressionantes poderes, são também imortais, porque há sempre uma ressurreiçãozinha milagrosa ou um substituto à espera ao virar da esquina, para que tudo possa continuar na mesma.
Escrito Por
F. Cleto e Pina
Publicação
Jornal de Notícias