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7 x 7 x 7. Esse é o conceito base desta colecção da Delcourt. 7 duplas de autores, contam 7 histórias, cada uma com 7 protagonistas. Que serão ladrões num ambiente de espada e fantasia, piratas, guerreiros do século VI, missionários (culpados dos… 7 pecados capitais), prisioneiros do futuro ou yakuzas. Ou os “Sept Psychopates” do álbum de estreia (os restante sairão até final de 2008), enviados em 1941, por um coronel britânico, em desespero de causa face ao desenrolar da II Guerra Mundial, para assassinar Hitler.

7 psicopatas, “loucos furiosos”, como são apelidados no subtítulo do álbum, ideais porque totalmente imprevisíveis, logo cujas acções seriam impossíveis de antecipar pelos nazis, retirados dos asilos em que estavam internados e lançados de pára-quedas sobre a Alemanha, para cumprirem a missão que poderia mudar o desfecho da guerra.

E se o traço sombrio de Sean Philips, algo rígido e preso de movimentos, mais à vontade no tratamento de cenários e veículos do que da figura humana, mesmo assim não deixa de ser eficaz, é o argumento de Fabien Vehlmann que faz a diferença. Ágil, credível, bem construído, foge à vulgaridade, e, embora se interesse mais pelos loucos – cada um dava uma boa história – do que pelo seu propósito, não o esquece, conseguindo um desfecho imprevisível, com um toque de humor negro, mas sem beliscar a “realidade histórica”.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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