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Crepúsculo chega à banda desenhada

Depois dos livros – que venderam 85 milhões de exemplares em mais de 50 países – e do filme com Robert Pattinson e Kristen Stewart, a saga Crepúsculo tem também uma versão em quadradinhos, cuja edição nacional, da Gailivro, chegará às livrarias no próximo dia 20 de Abril.
Lançada nos Estados Unidos no passado dia 16, pela Ien Press, com uma tiragem de 350 mil exemplares, “Crepúsculo – A novela gráfica” é da autoria da sul-coreana Young Kim, podendo por isso ser designado como manwha, nome dado à banda desenhada coreana, próxima do estilo japonês, actualmente o preferido pelos leitores mais jovens.
Trata-se da primeira obra desta autora, que até agora apenas tinha ilustrado capas e trabalhado em animação, que se baseou na história de amor entre a jovem Bella e o vampiro Edward Cullen, originalmente escrita por Stephenie Meyer. Esta, que supervisionou de perto a adaptação, em especial ao nível dos diálogos e da escolha das cenas a incluir, comentou que “Young fez um óptimo trabalho ao transformar as palavras que escrevi em belas imagens “.
Este volume, com 224 páginas a preto e branco, é o primeiro dos dois tomos previstos, mas a data de lançamento do segundo ainda não é conhecida.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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Infantil

Fundamental como (praticamente único) meio de criação de leitores habituados desde infância à leitura de banda desenhada (algo que não é tão linear quanto pode parecer….), a BD infantil tem sido descurada no nosso país, talvez porque muitos, mesmo com responsabilidades na área, acreditem que os leitores se criam só com (os excelentes) Tintin ou Astérix.
Por isso se saúda a aposta da Gailivro no sector, ainda para mais com dois autores portugueses, de traço limpo e agradável. Do veterano José Abrantes, já há 30 anos a produzir quadradinhos, é “A Tia Névoa”, nova aventura do pré-histórico Homodonte que, para além dos muitos e gigantescos perigos da época, narrados com bom humor e ritmo, tem de suportar a tirania de uma tia vegetariana, numa sátira leve aos exageros que provoca a obsessão pelo politicamente correcto nos nossos dias.
De “A Praia da Rocha Amarela”, terceira aventura de Zé Leitão e Maria Cavalinho, da autoria de Pedro Leitão, destaca-se à cabeça a forma encadeada como os heróis passam de cena para cena, como só nos sonhos (e na BD…) é possível, num animado e fantástico passeio em registo familiar.
Sendo os “belos livros” a mais pesada herança da BD franco-belga, ainda com peso significativo no nosso mercado, acredito que ambas as edições (pela redução do desenho, aperfeiçoando-o) e os leitores (no preço final) beneficiariam de um formato menor.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

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