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Estreia de Superman pode valer 400 mil dólares

Um exemplar da revista “Action Comics” #1, na qual se estreou Superman, o primeiro super-herói da banda desenhada, criado por Jerry Siegel e Joe Schuster, está em leilão no site especializado Comics Connect ( HYPERLINK “http://www.comicconnect.com” www.comicconnect.com) no qual é possível seguir em directo a evolução das ofertas.
No momento de escrita destas linhas, após 44 lances, a revista já valia 277 300 dólares (cerca de 220 mil euros), mas alguns especialistas estimam que possa chegar aos 400 mil dólares até à próxima sexta-feira, dia 13, data em que o leilão encerra. E refira-se que se trata de um exemplar classificado apenas como 6.0 pelo Certified Guaranty Company (CGC), uma tabela que varia de 0 a 10 segundo a raridade e o estado de conservação da peça, utilizado também para moedas e notas. Em 2003, um empresário norte-americano ofereceu um milhão de dólares por um exemplar classificado como 9.4.
A revista “Action Comics #1”, com 64 páginas a cores e um preço de capa de 10 cêntimos, data de Junho de 1938, estando referenciados actualmente menos de 100 exemplares.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

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Leilão para restaurar a casa onde Superman foi criado

Autores de BD cedem originais para preservar casa de Jerry Siegel; Participação na série televisiva “Heroes” ou em comics de super-heróis também podem ser licitados

Alguns dos nomes mais destacados dos quadradinhos norte-americanos uniram-se para tentar salvar a casa onde Jerry Siegel imaginou as primeiras aventuras de Superman.
Siegel (1914-1996) cresceu numa casa nos arredores de Cleveland, no Ohio, Estados Unidos, e terá sido lá que pela primeira vez projectou aquele que viria a ser conhecido como o Homem de Aço.
Hoje em dia a casa encontra-se em bastante mau estado e a família que lá habita não tem condições para a restaurar. A situação foi descoberta por Brad Meltzer, quando fazia pesquisas para o seu livro “Book of lies”, no qual relaciona o assassinato de Abel por Caim, com o do pai de Siegel, morto a tiro em 1932, argumentando que este nefasto acontecimento está relacionado com a criação do primeiro super-herói. Na sequência da visita, Meltzer e o desenhador Alex Ross decidiram oferecer à família que lá habita há 20 anos uma placa comemorativa daquele acontecimento marcante da história da banda desenhada. Na mesma altura Meltzer descobriu que a casa de Joe Shuster, o desenhador original de Superman, já tinha sido demolida por ameaçar ruína.
Como pretende evitar que o mesmo aconteça à casa de Siegel, o escritor está agora a promover uma angariação de fundos na qual pretende recolher pelo menos 50 mil dólares para restaurar o edifício. Essa angariação está já a decorrer no site Ordinary People Change the World, onde durante o mês de Setembro serão leiloados semanalmente não só originais de autores como Alex Ross, Andy Kubert, Dave Gibbons, Geoff Darrow, John Romita Jr., Mike Mignola ou Tim Sale, mas também uma t-shirt do filme “Superman IV” autografada pelo próprio Siegel (uma das seis que ele deixou à esposa caso viesse a ter dificuldades económicas), um guião do filme “Superman” autografado por Richard Donner, a possibilidade de aparecer num episódio da série televisiva “Heroes”, actualmente em exibição na TVI, ou de ser figurante num comic escrito por Neil Gaiman, Brian Michael Bendis ou Ed Brubaker ao lado dos maiores super-heróis dos quadradinhos.


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F. Cleto e Pina

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Direitos do Super-Homem também pertencem aos herdeiros dos autores

Decisão de juiz norte-americano é mais simbólica do que prática

Um juiz federal dos Estados Unidos deu razão às herdeiras de Jerry Siegel, co-criador do Super-Homem, decidindo que têm direito a parte dos direitos de autor referentes à revista “Action Comics” #1, onde o herói apareceu pela primeira vez.
Siegel e Shuster – falecidos em 1996 e 1992, respectivamente – criaram o Super-Homem (como vilão!!) em “The Reign of Superman”, e, em 1937, apresentaram a diversas editoras uma nova versão, já com o protagonista do lado do bem, com a capa, o logótipo com o “S” no peito e a identidade secreta de Clark Kent. A National Comics, futura DC Comics, mostrou-se interessada na BD, com algumas modificações, resultando daí a história de 13 páginas inserida no primeiro número de “Action Comics”, publicado a 18 de Abril de 1938, que lhes valeu 130 dólares contra a assinatura de um documento garantindo à editora os direitos perpétuos do herói.
Em 1947 os autores moveram um processo, reclamando uma contrapartida dos lucros, que lhes valeu, através de um acordo extra-judicial, 94 mil dólares, e à National Comics os direitos de Superboy, um outro projecto a dupla, recusado em 1938, mas retomado em 1944 sem a sua autorização. Em 1975 a DC Comics passou a pagar-lhes 20 mil dólares (mais tarde 30 mil) por ano, mas uma alteração da lei sobre os direitos de autor nos EUA, em 1976, originou o actual processo, datado de 1997.
Apesar de saudada pelas famílias e por autores e especialistas em quadradinhos, esta decisão é apenas um primeiro passo, quase simbólico, que não afecta os direitos internacionais da personagem, nem especifica se outras companhias, como a Warner, produtora do filme “Superman Returns”, que rendeu 200 milhões de dólares nas bilheteiras norte-americanas, têm também que prestar contas aos herdeiros de Siegel.
Agora, numa primeira fase, há que calcular quanto a DC Comics deve à família de Siegel (esta decisão tem efeitos retroactivos desde 1999), mas é de esperar um apelo da editora.
Entretanto, os herdeiros de Shuster poderão avançar com igual requerimento em 2013 que, a ser vitorioso, faria depender deles a publicação de novas histórias do herói.
O mais certo é que tudo se venha a resolver de novo extra-judicialmente.


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F. Cleto e Pina

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