Mônica escolhida pela UNICEF como a sua nova embaixadora no Brasil

Estúdios de Maurício de Sousa em negociações com a Marvel para criarem aventuras brasileiras do Homem-Aranha

O Fundo das Nações Unidas para a Infância anunciou a escolha da Mônica como sua nova embaixadora no Brasil. O título, concedido há dias, vem reforçar a importância das criações de Maurício de Sousa e justificar a forma como ele as tem usada nas mais diversas campanhas (alfabetização, vacinação, etc.) em prol da sociedade e dos mais necessitados.
Criada em 1963, depois de Franjinha, Bidu, Cebolinha ou Cascão, Mónica em breve se tornou a personagem central da Turma a que acabou por dar o nome, sendo facilmente reconhecível pelo seu vestido vermelho curto, pelos dentes grandes e por andar sempre acompanhada pelo seu coelho azul de peluche, que lhe serve de arma de arremesso quando os outros meninos da Turma a aborrecem.
Entretanto, mostrando um invulgar dinamismo, entre outros projectos, como uma versão em estilo manga (BD japonesa) da Turma ou a sua transposição para mais desenhos animados, Maurício de Sousa acaba de anunciar que está em negociações com a Marvel Comics para criar uma versão brasileira das aventuras do Homem-Aranha. Segundo o autor, a ideia é recuperar o espírito original do herói, mas “com o nosso estilo, traço, cuidado, jeito e grafismo. Não uma história infantil” como a Mônica, mas algo que combine a dinâmica daquele super-herói com a alegria das suas criações, direccionada para um segmento juvenil. E com as aventuras, “logicamente, se passando no Brasil”.
A concretizar-se este projecto, será a terceira versão não-americana do famoso aracnídeo, depois das produzidas no Japão e na Índia, com o intuito de conquistar novos leitores, ao aproximar o conceito original da realidade local bem específica de cada um daqueles países. Neste último, por exemplo, o protagonista é um jovem indiano chamado Pavitr Prabhakar, que sobrevoa ruas congestionadas com carrinhos puxados por homens e lambretas ou trepa a monumentos como o Taj Mahal, tendo como maior inimigo, nesta versão, não o Duende Verde, mas sim Rakshasa, um demónio indiano mitológico.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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