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Morreu Frank Frazetta, o pai da ilustração fantástica

Frank Frazetta, o homem que revolucionou a ilustração fantástica e de ficção-científica faleceu ontem, aos 82 anos, num hospital da Florida, na sequência de um derrame cerebral.
Norte-americano, nascido a 9 de Fevereiro de 1928, Frazetta começou a sua carreira aos 16 anos, como desenhador de quadradinhos, destacando-se as colaborações nas tiras diárias de imprensa de L’il Abner e nas aventuras de Litle Anne Fanny para a revista Playboy, bem como diversas bandas desenhadas humorísticas, que levaram Walt Disney a convidá-lo para o seu estúdio, oferta que ele declinou.
O desenho do cartaz para o filme “What’s New Pussycat” (1965) levou-o a descobrir um novo (e mais rentável) mundo, passando a dedicar-se especialmente à ilustração de capas de livros e discos, posters, cartazes cinematográficos e quadros, nos quais revelou um grande sentido estético e de composição, um traço dinâmico e vigoroso, servidos por uma paleta de cores diversificadas, com os quais deu nova vida a personagens como Conan, Vampirella ou Tarzan. Os seus trabalhos, maioritariamente de temática fantástica, de terror ou de ficção-científica, distinguem-se pelos homens fortes e vigorosos e pelas belas e sensuais mulheres, na maior parte das vezes em cenas de combate, em ambientes hostis, perante monstros ameaçadores.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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Feliz schtroumpf!

Os anõezinhos azuis de Peyo nasceram há 50 anos; Novos álbuns, selos, uma moeda e exposição assinalam a data

Comemora-se hoje meio século da criação dos Schtroumpfs, os pequenos anõezinhos azuis que schtroumpfam schtroumpf, ou seja, falam schtroumpf.
O seu criador foi o belga Peyo (1928-1992), que os estreou a 23 de Outubro de 1958, na revista “Spirou” #1071, como coadjuvantes anónimos num episódio de Johan et Pirlouit, mas só no ano seguinte seriam protagonistas de uma BD.
Existem mais de cem schtroumpfs (estrumpfes em Portugal, estrunfes no Brasil, pitufos em espanhol ou smurfs em língua inglesa), do Grande Schtroumpf à bela Schtroumpfette (a única representante do sexo feminino), passando pelo músico, o carteiro ou o inventor, o vaidoso ou o resmungão, todos representando actividades ou emoções bem humanas, que despoletam aventuras em que enfrentam o feiticeiro Gasganete e o seu gato Azrael.
As comemorações começaram logo em Janeiro, quando deixaram a sua pequena aldeia com casas em forma de cogumelo, para invadirem Angoulême que acordou com 5000 schtroumpfs brancos de tamanho real (a altura de três maçãs!) nos lugares mais improváveis, não à procura de salsaparrilha, o seu alimento favorito, mas para serem descobertos e decorados. A invasão repetiu-se em mais 15 cidades europeias, onde uma personalidade local, como a família Beneton ou Uderzo, pintou um schtroumpf gigante, que será hoje leiloado a favor da UNICEF.
Adaptados em desenho animado logo em 1959, os Schtroumpfs conheceram o sucesso mundial com a versão televisiva da Hanna-Barbera, nos anos 80, estando em preparação uma trilogia cinematográfica com actores e animação 3D.
Na Bélgica a efeméride é assinalada com a edição pela Lombard de dois álbuns originais e uma colecção de pequeno formato, por uma moeda de 5 euros e duas emissões filatélicas, e o Centro Belga de BD, em Bruxelas, tem patente até 16 de Novembro uma exposição sobre Peyo e a sua obra.


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F. Cleto e Pina

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