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Hitler desenhou personagens Disney

Aguarelas de anões da Branca de Neve e Pinóquio encontrados escondidos num quadro de sua autoria

Segundo William Halkvaag, director de um museu norueguês dedicado à Segunda Guerra Mundial, situado nas ilhas Lofoten, Hitler terá desenhado algumas personagens Disney. Segundo o semanário alemão Der Spiegel on-line, Halkvaag terá encontrado quatro desenhos escondidos dentro de um quadro, representando uma paisagem da Baviera, atribuído a Hitler, que adquiriu num leilão na Alemanha no ano passado. Ao abri-lo, encontrou quatro aguarelas, com cerca de 35 cm de altura, representando Pinóquio e três dos anões da Branca de Neve (Mestre, Dunga e Dengoso), estes últimos assinados A.H.. O especialista norueguês, de 59 anos, está convencido que os quatro desenhos, possivelmente de 1940, são da autoria do ditador alemão, que tentou fazer carreira como pintor antes de ascender ao poder, já que as iniciais assinadas assemelham-se bastante a outros exemplares da sua caligrafia.
É de há muito conhecida a admiração que Adolf Hitler nutria pelos desenhos animados Disney e, em especial, por “Branca de Neve e os Sete Anões”, baseado num conto tradicional germânico, de que possuía uma cópia. Essa admiração nasceu na sequência da oferta, por Joseph Gobbels, de diversos filmes protagonizados por Mickey Mouse, em 1937, o que levou Hitler a promover a criação de uma produtora de desenhos animados na Alemanha.
Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos dos países envolvidos no conflito utilizaram o cinema, a animação ou a banda desenhada e os seus principais heróis para difundirem os seus ideais e apelarem à participação das populações no esforço da guerra. E são bem conhecidos “O Grande Ditador” (1940), de Chaplin, “A face do Fuhrer” (1943), protagonizada pelo Pato Donald, galardoada com um Óscar, ou a participação do Super-Homem e do Capitão América nos combates contra as tropas do eixo, chegando este último a esmurrar directamente o ditador alemão. Menos divulgado, naturalmente, é “Nimbus Libéré” (1943), uma produção alemã a preto a branco, com cerca de minuto e meio, que mostra Pateta, Mickey, Popeye, Donald ou Felix the Cat, envolvidos num bombardeamento indiscriminado na França, causador de vítimas civis, para supostamente a “libertarem”.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

Futura Imagem

O primeiro

Era inevitável.
Em Espanha, França, Alemanha, EUA, a quota de mercado de manga (BD japonesa) não pára de crescer; nalguns casos ronda os 50 %. Nas lojas de importação vende-se cada vez mais. Concursos, fanzines, a internet, reflectem a sua influência crescente nos jovens autores. As editoras – timidamente – fazem experiências, sondam o mercado. Por isso, era inevitável que mais cedo ou (pouco) mais tarde, fosse editado o primeiro manga (enquanto tipo de BD com características próprias) português. A honra (?) coube a “Bang Bang” (PedranoCharco), um western futurista pós-apocalíptico, que retoma a temática dos caçadores de prémios.
Foi cedo demais? O traço de Hugo Teixeira responde que sim. Precisava de mais trabalho, tem problemas de proporções, regista grandes desequilíbrios, mostra que busca ainda o seu estilo pessoal. Defeitos que contrabalança com um bom domínio da planificação e do ritmo, de que resultam algumas pranchas visualmente fortes. Da história, pouco foi adiantado neste tomo #1 (faltaram-lhe mais páginas) e há ainda que definir as personagens, bem como os caminhos narrativos que o autor quer trilhar.
Para que resulte, e seja bem mais que apenas “o primeiro”, precisa de muito trabalho. Para superar as limitações e para produzir num ritmo que permita a sucessão dos capítulos num prazo razoável para “agarrar” os leitores, em mais um caminho possível para a BD em Portugal.


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F. Cleto e Pina

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