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Lanterna Verde: 70 anos e muitas identidades

Corria o ano de 1940. Superman e Batman tinham posto na moda os super-heróis e, em Julho, a revista “All-American Comics” #16 estreava Green Lantern – Lanterna Verde -, escrito por Bill Finger e desenhado por Martin Nodell.
O novo herói, o engenheiro Alan Scott na vida civil, ostentava um anel verde, que lhe permitia concretizar tudo o que fosse capaz de imaginar. Mágico, na sua origem, em versões posteriores o anel – que tinha de ser recarregado a cada 24 horas, numa cerimónia (quase) mística – seria uma criação tecnológica dos Guardiães do Universo, que designavam um Lanterna Verde em cada mundo habitado.
Com o declínio das vendas dos super-heróis após o final da guerra, as suas aventuras foram suspensas. Em Outubro de 1959, nasceu um novo Lanterna Verde: Hal Jordan, piloto de testes da Força Aérea, imaginado por John Broome e Gil Kane, que o fizeram membro da Liga da Justiça. Jordan atingiria o auge nos anos 70, quando Denny O’Neil e Neal Adams o associaram ao Arqueiro Verde, levando-os numa viagem pelos EUA, na qual combateram a criminalidade real e políticos corruptos. O auge do realismo, patente também na (complicada) vida sentimental dos dois heróis, foi atingido quando descobriram que Speedy, o jovem pupilo do Arqueiro, era viciado em heroína, numa história que marcou uma época e levou os super-heróis às páginas de publicações (sérias…) como o New York Times, o Wall Street Journal ou a Newsweek. Foi também nesse período que surgiu John Stewart – outro dos portadores do anel – um Lanterna Verde negro, o que permitiu uma abordagem à questão do racismo. Apesar do sucesso crítico e mediático as vendas não corresponderam e o título seria de novo suspenso, regressando de forma intermitente. Jordan viria a transformar-se no vilão Parallax, morrendo e regressando como Spectre, ao mesmo tempo que as aventuras se tornavam mais cósmicas e místicas, perdendo o tom realista e apresentando como adversário recorrente Sinestro, um Lanterna Verde renegado.
Recentemente, Geoff Johns recuperou o herói nas sagas “Green Lantern: Rebirth” (2004) e “Blackest Night” (2009), o que o tornou-o (mais) um alvo apetecível para o cinema, estando em produção um filme realizado por Martin Campbell, protagonizado por Ryan Reynolds, Black Lively e Peter Sarsgaard, a estrear em Julho de 2011, seguindo-se uma longa-metragem animada e uma série para o Cartoon Network.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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