Para assinalar os 30 anos do desaparecimento de Jacques Brel, no próximo dia 9 de Outubro, a editora belga Petit à Petit acaba de editar “Chansons de Jacques Brel en BD”, “uma homenagem a um artista incontornável”. Nele, jovens argumentistas e desenhadores da banda desenhada francófona – David Signoret, Antoine Ronzon, Kevin Henry, Julien Lamanda, Olivier Martin, Benoît Frébourg, Heidi Jacquemoud, Marie Terray, Kevin Henry, Christine Circosta, Nathalie Bodin e Olivier Desvaux – evocam, aos quadradinhos, onze dos temas que o cantor belga imortalizou, entre os quais “Ne me quitte pas”, “Les Bourgeois”, “Au suivant” ou “Mathilde”. Com diferentes estilos e abordagens estas (re)leituras das canções, que mantêm o texto integral dos temas, totalizam 96 páginas, a cores, de pequeno formato (15 x 21 cm).
As canções de Jacques Brel (1929-1978), que deixou 16 álbuns gravados, já tinham sido alvo de outras adaptações semelhantes, a primeira das quais quatro álbuns da Brain Factory, nascidos de uma homenagem organizada por uma galeria de Bruxelas, em 1987, que incluíam ilustrações de alguns dos maiores nomes da banda desenhada, como Rosinski, Tibet, Peyo ou Will. Em 1997 a editora Vents d’Ouest editou também um álbum colectivo e em 2003 foi o Centro Belga de BD que organizou uma exposição dedicada ao cantor.
No entanto, a sua relação com a BD começara antes, em 1969, quando dois temas inéditos da sua autoria – La Chanson de Zorino e Ode à la nuit – foram incluídos na banda sonora da versão animada de “Tintin e o Templo do Sol”.
Escrito Por
F. Cleto e Pina
Publicação
Jornal de Notícias