Os 5 melhores álbuns de Astérix

“O Lírio Branco” é o título do 40.º álbum de Astérix que chega amanhã às livrarias nacionais, em simultâneo com a edição internacional.
Quando o criaram para o primeiro número da revista “Pilote”, que foi para bancas e quiosques franceses a 29 de Outubro de 1959, à pressão, para substituir uma versão aos quadradinhos de “Le roman de Renard” que tinham imaginado, por já existir outra BD baseada na mesma obra, René Goscinny (1926-1977) e Albert Uderzo (1927-2020) estavam longe de imaginar o sucesso do pequeno guerreiro gaulês nascido para parodiar a essência dos franceses.
Se do primeiro álbum, “Astérix, o gaulês”, foram feitas apenas 6 mil cópias, “O Lírio Branco” conta com uma tiragem de cinco milhões de livros, em 20 línguas e dialectos, que se vêm juntar aos 393 milhões já vendidos em todo o mundo.
Para alcançar este sucesso, Astérix, Obélix e os restantes gauleses tiveram de percorrer muitos quilómetros na sua Gália natal e por vários continentes, distribuir generosamente tabefes pelos romanos (e não só), devorar centenas de javalis e participar nas memoráveis cenas de pancadaria na aldeia, quase tão míticas como os banquetes que encerram cada aventura.
Com 40 aventuras em 64 anos, torna-se difícil escolher as melhores. Embora seja pacífico que todos se encontram entre os 24 assinados pelos seus criadores originais, entre 1959 e 1977, o momento de leitura, a sensibilidade para com os temas abordados e a enorme qualidade de quase todos faz com que as opiniões se dividam.
Sem outra hierarquia do que a data de publicação original, aceitando que as visitas aos godos, aos helvécios, aos normandos ou aos corsos também podiam figurar nela, segue-se uma das listagens possíveis dos melhores 5 álbuns de Astérix.

Astérix Legionário
Goscinny e Uderzo
1967

Uma sátira impiedosa à instituição militar, do incorporamento à recruta, passando pela vida na caserna, em que Astérix e Obélix se juntam ao exército romano para salvarem o prometido da bela Falbala.

Astérix e Cleópatra
Goscinny e Uderzo
1965

Pelos cenários imponentes, o ritmo narrativo, um sentido de humor superlativo e o belo nariz da rainha Cleópatra, podendo não ser a “maior aventura que jamais foi desenhada” a viagem de Astérix ao Egipto é um dos mais conseguidos álbuns das aventuras do pequeno guerreiro gaulês.

A Zaragata
Goscinny e Uderzo
1970

A chegada à aldeia do intriguista Tulius Detritus, deixa à solta a praga verde da discórdia, pondo em causa a unidade e a invencibilidade dos gauleses, até Astérix lhe responder na mesma moeda, com a célebre “guerra psicológica”.

O Adivinho
Goscinny e Uderzo
1972

A crendice, a religiosidade e a superstição abordadas com olhar crítico e imenso humor, quando um adivinho se instala perto da aldeia gaulesa e explora os seus habitantes para levar uma vida regalada.

Obélix e Companhia
Goscinny e Uderzo
1976

Um mergulho sarcástico nas especificidades do mundo dos negócios e da economia global, em que Obélix se transforma num magnata dos menires e no homem mais importante da aldeia.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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