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Filipe Abranches e Samplerman no Porto

Galeria Mundo Fantasma acolhe exposição e lançamento de livro

A galeria portuense Mundo Fantasma inaugura hoje, às 17 horas, a exposição “Matéria Escura”, uma mostra da produção mais recente de Filipe Abranches, entre páginas de ilustração editorial e de banda desenhada, algumas das quais inéditas.

Nascido em Lisboa, em 1965, Abranches, professor no departamento de Ilustração/Banda Desenhada do Ar.Co., tem aplicado o seu traço personalizado na ilustração, na BD (com obras como “História de Lisboa”, “O Diário de K.” ou “Solo”) e o cinema de animação (“Chatear-me-ia morrer tão joveeeeem…”, de 2016, rendeu-lhe diversos prémios no nosso país e no estrangeiro).

O espaço do C.C. Brasília acolherá, em simultâneo, Samplerman, pseudónimo do DJ-Comix e desenhador francês Yvang, para o lançamento do livro “Fearless Colors”, recém-editado  no nosso país pela MMMNNNRRRG, que é uma homenagem aos comic-books norte-americanos dos anos 40 e 50, e em que se destacam as páginas de planificação arrojada que resultam numa explosão de cor.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

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Jornal de Notícias

A internacionalização do Coimbra BD

Decorre de hoje e até domingo, na Casa da Cultura, a terceira edição do Coimbra BD, pela primeira vez com convidados estrangeiros, o italiano Walter Venturi, desenhador de Tex e Zagor, e o sérvio R. M. Guéra, de “Os Malditos”, a lançar durante o evento, tal como “Dragomante”, de Filipe Faria e Manuel Morgado, e “Man Plus”, de André Araújo.

Todos eles contam com exposições individuais, a que se juntam a “Homenagem a Fernando Relvas”, recentemente falecido, e “70 Anos de Tex: A colecção de José Carlos Francisco”, e ainda a projecção de diversas curtas-metragens da selecção oficial do MOTELX.


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F. Cleto e Pina

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Jornal de Notícias

“Pantera Negra”: mais do que um filme de super-heróis

“Pantera Negra”, o 18.º filme do Universo Cinematográfico Marvel, que estreia hoje em Portugal, tem tudo para surpreender aqueles que esperam apenas mais um filme de super-heróis.

Para lá das inevitáveis – e bem conseguidas – cenas de acção, é uma reflexão sobre a ascensão, queda e perpetuação no poder dos governantes no continente africano e pela oposição entre tradição e progresso, tendo como personagem central Wakanda, um país imaginário e tecnologicamente desenvolvido devido às suas jazidas de vibranium, um metal muito valioso. Para além disso, o argumento, co-escrito pelo realizador Ryan Coogler e por Joe Robert Cole, aborda outras questões sensíveis como a situação da mulher – não só em África… – e a cooperação internacional.

Quem lhe dá nome é o primeiro super-herói negro da banda desenhada, criado em 1966 por Stan Lee e Jack Kirby, que, depois da sua participação nos eventos de  “Capitão América: Guerra Civil”, regressa a casa para assumir o trono, algo que não é consensual, nem na sua própria família, nem entre o seu povo, nem para ele próprio, dividido entre a responsabilidade e o desejo de uma vida normal. Ao lado de T’Challa, o Pantera Negra (interpretado por Chadwick Boseman), estão a irmã Shuri (Letitia Wright), Nakia (a premiada Lupita Nyong’o), alvo do seu interesse amoroso e membro da sua guarda pessoal feminina, as Dora Milaje, ou Everett Ross, agente da CIA (uma agradável prestação de Martin Freeman), surgindo como opositor Erik Stevens, aliás Killmonger (Michael B. Jordan), seu primo, pretendente ao trono e filho do ladrão de Vibranium que surge na sequência inicial.

Visualmente muito eficaz, com a caracterização de Wakanda equilibrada entre a beleza dos cenários naturais e o avanço tecnológico, em termos da indumentária do protagonista, um fato que se forma em torno de seu corpo, o filme segue o design apresentado na mini-série de BD “Uma nação sob os nossos pés”, actualmente disponível nas bancas e quiosques portuguesas, de temática similar, ou não fosse escrita por Ta-Nehisi Coates um escritor e jornalista norte-americano, activista dos direitos dos afro-americanos. 


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F. Cleto e Pina

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