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Nas bancas (IV)

Nas últimas semanas referi o regresso da BD às bancas, por “culpa” das edições brasileiras da Turma da Mônica, Marvel e DC Comics, mas a verdade é que ela nunca as deixou, porque Tex manteve (quase sozinho) a “honra” da 9ª arte, através de uma dezena de títulos da Mythos Editora com as histórias do famoso ranger de camisa amarela, para satisfação dos seus (muitos) fãs.

O que acontece também, este mês, em que há quatro revistas em banca. Em “Tex” #420, que publica as histórias ano e meio após a edição original italiana, Claudio Nizzi e Venturi guiam Tex e Carson pelas florestas do Oregon para desvendar uma conspiração contra lenhadores locais.

Já em “Tex Colecção” #212, que publica as BDs por ordem cronológica, Nicoló ilustra um guião de 1974 de G.L. Bonelli, no qual um violento bando de criminosos procura um eventual tesouro espanhol.

Mais antiga (1971), é a história sobre uma das figuras típicas do Oeste, um caçador de prémios, narrada por Bonelli e Galleppini no “Tex Edição Histórica” #68, grossos volumes com histórias completas, publicadas cronologicamente.

Esta panorâmica do mês “texiano” conclui com “Os Grandes Clássicos de Tex” #4, em que Bonelli e Galep, num estilo bem clássico, de ritmo frenético, contam a primeira parceria de Kit, com o seu pai, Tex, na qual, desmontando uma tentativa de sabotagem da linha ferroviária, quase ofusca aquele que costuma ser o herói principal.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

Futura Imagem

Tex clássico

Com o fim das edições da Devir e o cancelamento de quase todos os títulos Disney, a BD nas bancas – em tempos o local por excelência da sua venda – está limitada ás edições Bonelli, que nos chegam pela brasileira Mythos Editora, e que actualmente são apenas três westerns, embora de características bem diferentes: Zagor, Mágico Vento (a que prometo voltar em breve) e o incontornável Tex.

Caso invulgar de longevidade (quase 60 anos de publicação ininterrupta), figura de quase culto para muitos, às oito colecções já existentes, vê agora somar-se mais uma: “Os grandes Clássicos de Tex”, cujo primeiro número está já distribuído entre nós. Destinada a recordar os momentos marcantes do percurso do ranger, esta colecção abre com o seu breve e invulgar casamento. Invulgar porque, ao contrário do habitual em muitas séries clássicas da BD, não surgiu após um namoro que parecia eterno, antes como fruto das circunstâncias (ou casava ou morria no poste das torturas…!), e breve, porque os autores rapidamente perceberam que Tex não era o tipo de herói que trabalha das 9 às 6 e volta a casa para jantar, e mataram a bela Lilith…

Para além da curiosidade, esta história, que começa com a investigação de um tráfico de armas, é um documento que mostra as origens daquele que é um verdadeiro ícone para muitos leitores, aqui pela mão dos seus criadores Giovanni Luigi Bonelli e Galep.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias