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Maurício de Sousa na Comic Con 2018

O criador da Turma da Mônica será um dos grandes destaques da Comic Con Portugal 2018, que vai decorrer de 6 a 9 de setembro no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras.

Nascido em 1935, em Santa Isabel, Maurício de Sousa era repórter policial, quando criou o cãozinho Bidú, em 1959. Seguir-se-iam Franjinha, Cebolinha, Mônica, Cascão, Magali, Chico Bento e muitos mais, com os quais ensinou a ler gerações de brasileiros e conquistou leitores em dezenas de países.

Depois de Yves Sente, Mark Waid e Batem, o criador brasileiro é o quarto convidado confirmado da área de BD , a que se junta também o actor Dolph Lundgren.


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F. Cleto e Pina

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Faleceu o realizador de “Heidi” e “Marco”

O japonês Isao Takahata faleceu aos 82 anos, vítima de cancro do pulmão.

Nascido em Ise, no Japão, a 29 de Outubro de 1935, nunca tinha desenhado nem sido animador, antes de assumir a profissão de realizador de animação.

O seu nome será desconhecido de muitos, mas foram várias as gerações que conheceram e apreciaram a sua obra, na qual se contam as séries originais de “Heidi” e “Marco” através das quais a animação nipónica começou a ser conhecida no Ocidente.

A primeira, a história de uma órfã entregue aos cuidados do avô, um rude pastor dos Alpes Suíços, estreou-se no Japão em 1974 – e dois anos depois na RTP – e conquistou gerações de crianças e adultos,

Quanto a “Marco: dos Apeninos aos Andes”, adaptação de “Coração”, de Edmondo de Amicis”, que narra a viagem de uma criança, de Itália até à Argentina, em busca da sua mãe, foi exibida pela primeira vez em 1976, surgindo um ano depois na televisão portuguesa.

Co-fundador dos Estúdios Ghibli, em 1985, com outro grande cineasta, Hayao Miyzaki (“A viagem de Chihiro”, “Princesa Mononoke”), com quem sempre manteve uma grande cumplicidade e colaboração, Takahata tem no seu currículo obras mais pessoais, entre as quais se destacam “O Túmulo dos Pirilampos (1988), “Pompoko” (1994) ou “A Família Yamada” (1999).

A sua última obra, à qual se dedicou durante treze anos, foi “O Conto da Princesa Kaguya” (2013), que teve estreia na Quinzena dos Realizadores de Cannes e lhe valeu uma nomeação para o Óscar de melhor longa-metragem animada, em 2015.

Há algo de injusto em reduzir a carreira do japonês Isao Takahata (1935-2018), que morreu na quinta-feira, aos 82 anos, de cancro do pulmão, à do “outro sócio” do estúdio de animação Ghibli. Enquanto o seu amigo, cúmplice, sócio e rival Hayao Miyazaki, autor de O Meu Vizinho Totoro, Princesa Mononoke ou A Viagem de Chihiro.


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F. Cleto e Pina

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Uma menina endiabrada com 75 anos: As Bodas de Diamante da Luluzinha

Little Lulu, a popular Luluzinha, criada por Marjorie Henderson Buell, a primeira autora de BD a ter sucesso nos Estados Unidos, completa hoje 75 anos. Nasceu como cartoon no The Saturday Evening Post, a 23 de Fevereiro de 1935, num gag que a mostrava a lançar cascas de banana à frente de uma noiva que se encaminhava para o altar, e assim se manteve durante mais de uma década.
Sempre com um vestido vermelho e com cachinhos nos cabelos, tendo entre 8 e 10 anos, era decidida, teimosa, mandona, inteligente e por vezes maliciosa. O seu carácter forte levou-a a protagonizar também uma revista aos quadradinhos (entre 1948 e 1984), uma tira diária de imprensa (1950-1969) e desenhos animados (a partir de 1943), tendo chegado a rivalizar em popularidade com os principais heróis Disney. Nos Estados Unidos, nas décadas de 1940 e 1950, foi a cara dos lenços Kleenex e da Pepsi ,e os brasileiros Roberto e Erasmo Carlos inspiraram-se nesta BD para comporem a música “A Festa do Bolinha”.
Com passagem discreta por algumas publicações nacionais, foi popularizada em Portugal através de revistas brasileiras, onde muitos puderam ler as suas aventuras que decorriam em torno do quotidiano infantil, entre partidas, brincadeiras e zaragatas com os seus amigos, entre os quais se destacavam Tubby (Bolinha), Iggy Inch (Carequinha), Annie (Aninha), o riquinho Wilbur Van Snobbe (Plínio), a bela Glória ou Alvin James (Alvinho). Através deles, os diversos autores que passaram pela série, entre os quais se destacam John Stanley e Irving Tripp, abordavam também questões sociais como as diferenças entre os sexos (através do popular clube dos rapazes “Menina não entra”), pobreza/riqueza, vida escolar ou familiar, sempre com o humor como denominador comum.
Em 2009, a Ediouro, na senda do sucesso da Turma da Mônica Jovem, lançou a revista Luluzinha Teen e sua Turma, criada por artistas brasileiros, que explora a adolescência das personagens originais.


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F. Cleto e Pina

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O rei da polícia montada nasceu há 75 anos

Se ainda fosse vivo, o circunspecto e implacável sargento King da Real Polícia Montada canadiana, que “apanhava sempre o seu homem”, completaria hoje 75 primaveras.
No entanto, a sua existência foi relativamente curta, pois terminaria vinte anos mais tarde, não às mãos de um dos muitos bandidos que enfrentou, mas devido à queda da sua popularidade.
Inicialmente uma adaptação de um romance de Zane Grey, “King of the Royal Mountain” começou a ser distribuído pelo King Features Syndicate nos jornais norte-americanos a 17 de Fevereiro de 1935, como prancha dominical desenhada por Allen Dean, que a 2 de Março de 1936 iniciaria também a tira diária, entregando a prancha dominical a Charles Flanders. A partir de 1939 Jim Gary assumiria integralmente a série.
“King of the Royal Mountain”, que teve quatro adaptações cinematográficas entre 1936 e 1942, era um western atípico, com histórias lineares, que tinham por cenário as inóspitas regiões geladas canadianas, marcadas pelo verde dos pinheiros afilados, o azul das torrentes caudalosas e o branco imaculado da neve que tudo cobria, que contrastavam com o vermelho do uniforme dos membros da polícia montada, por isso celebrizados como “casacas-vermelhas”, e que se distinguiam pelo seu código de honra particular que defendia o recurso à violência apenas em última instância. O protagonista era o sargento King – cujo apelido fez com que a tradução portuguesa o transformasse no Rei da Polícia Montada – a quem nunca se viu um sorriso ou ouviu uma piada, nas suas perseguições a ladrões e assaltantes, durante as quais conheceria Betty Blake, sua eterna noiva, e o seu irmão Kid, que muitas vezes o acompanhou.
A BD regressaria ao território canadiano e à temática dos “casacas-vermelhas” na década de 50, com Red Canyon, recorrentemente, nas aventuras que Tex Willer partilha com Jim Brandon, ou nos anos 1990, de forma mais consistente, nos álbuns da série “Trent”, de Rudolphe e Léo.


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F. Cleto e Pina

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