Etiqueta: Maurício de Sousa

Maurício de Sousa na Comic Con 2018

O criador da Turma da Mônica será um dos grandes destaques da Comic Con Portugal 2018, que vai decorrer de 6 a 9 de setembro no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras.

Nascido em 1935, em Santa Isabel, Maurício de Sousa era repórter policial, quando criou o cãozinho Bidú, em 1959. Seguir-se-iam Franjinha, Cebolinha, Mônica, Cascão, Magali, Chico Bento e muitos mais, com os quais ensinou a ler gerações de brasileiros e conquistou leitores em dezenas de países.

Depois de Yves Sente, Mark Waid e Batem, o criador brasileiro é o quarto convidado confirmado da área de BD , a que se junta também o actor Dolph Lundgren.


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F. Cleto e Pina

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Amadora BD, 20 anos depois

A abertura oficial do Amadora BD ’09 tem lugar hoje, às 21h30, no Fórum Luís de Camões, estando o público convidado para ir festejar as histórias aos quadradinhos e os 20 anos do evento a partir de amanhã, sábado.

A efeméride fica desde logo assinalada pela mudança de designação, tendo o mais pesado Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora dado lugar ao mais simples e chamativo Amadora BD, e também pela realização pelo terceiro ano consecutivo num espaço que se tem revelado amplo e polivalente e que a organização tem conseguido organizar e tornar acolhedor.
É lá que está o núcleo central do evento, subordinado ao pouco inspirado mote “O Grande Vigésimo”, onde se destaca um olhar aprofundado sobre o passado do festival, que marcou de forma incontornável a forma como a BD é vista no nosso país, através das mostras “Almanaque”, que evoca as duas décadas do evento, “Contemporaneidade Portuguesa”, sobre os autores nacionais em actividade”, “Colecção CNBDI”, uma selecção das pranchas que ao longo do ano este organismo tem recolhido junto dos autores que passaram pela Amadora, e “20 anos de Concursos”, mostrando-os como meio de descoberta de novos talentos, pois por ele passaram nomes como José Carlos Fernandes, Filipe Andrade, João Fazenda ou Rui Lacas.
Este último, criador da imagem em que assenta a linha gráfica este ano e um dos vencedores dos Prémios Nacionais de BD 2008 que o evento patrocina, é um dos autores em destaque no Amadora BD, que mais uma vez acarinha a produção nacional dedicando também exposições a José Garcês, Osvaldo Medina, António Jorge Gonçalves e José Ruy (esta na Escola Superior de Teatro e Cinema). Em termos de criadores estrangeiros, a América do Sul pintada por Emannuel Lepage e as memórias da antiga sede da PIDE exploradas pelo italiano Giorgio Fratini, são mais dois motivos de interesse para visitar o festival.
Num ano de aniversário redondo, destaque para as cinco (justas) homenagens que o festival promove (ver caixa), que ajudam a dar o tom festivo que o seu historial merece.
O manga, género preferido pelos mais jovens, marca presença através do estúdio NCreatures, sendo também colectivas as mostras dedicadas à 9ª arte da Polónia e do Canadá, os países convidados este ano, merecendo destaque, neste último caso, a obra de Cameron Stewart, que estará presente este fim-de-semana na Amadora, assim como
Emmanuel Lepage, Carlos Sampayo, Oscar Zarate e o caça-talentos da Marvel C.B. Cebulski, bem como os portugueses José Ruy, Rui Lacas, Filipe Pina, Filipe Andrade, David Soares, Osvaldo Medina, Nuno Duarte e João Mascarenhas, entre outros. Amanhã, serão lançados no festival “Mucha”, de David Soares, Osvaldo Medina e Mário Freitas, e “TX Comics”, de Cameron Stewart, Karl Kerschl e Ramon Perez (ambos da Kingpin Books).

[Caixa]

20 anos, 5 homenagens

Maurício de Sousa

Fórum Luís de Camões
O criador da Turma da Mônica terá duas exposições: uma de originais de cinco décadas de carreira e outra com a visão personalizada dos seus heróis feita por autores brasileiros para o livro “MPS 50”.

Astérix

Fórum Luís de Camões
Os 50 anos de Astérix são evocados através de uma mostra de coleccionismo, composta por brindes publicitários, copos, álbuns antigos e figuras em pvc, nacionais e estrangeiros.

Adolfo Simões Muller

Casa Roque Gameiro
Originais de Fernando Bento, condecorações e primeiras edições relembram o director do “Papagaio”, “Diabrete”, “Cavaleiro Andante” ou “Foguetão”, onde estreou Tintin ou Astérix.

Héctor Oesterheld

CNBDI (até Fevereuro de 2010)
Morto pela ditadura militar argentina, o argumentista de Pratt (em “Sargento Kirk”) ou Breccia (“Mort Cinder”), é revisitado através de retratos, textos, revistas e pranchas de BD.

Vasco Granja

Galeria Municipal Artur Bial
O seu papel fundamental na divulgação do cinema de animação (na RTP) e da BD (na revista “Tintin”), evocado numa exposição sobre o cidadão e as suas áreas de interesse.


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F. Cleto e Pina

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50 anos a animar a Turma

A 18 de Julho de 1959, Maurício de Sousa iniciava “oficialmente” a sua carreira com o cãozinho azul Bidu que, recorda, “foi assim baptizado no jornal Folha da Manhã, hoje Folha de S. Paulo”, apesar de já sair “em tiras a toda a largura da página, semanalmente, desde Maio”.
Eram os primeiros passos de um ex-repórter policial, hoje com 73 anos, que tentara a BD realista antes de (se) encontrar com a Turma da Mônica, que fez dele uma referência e um exemplo para sucessivas gerações. 50 anos e 200 personagens depois, vendeu mais de 1000 milhões de revistas, em 50 idiomas e 126 países, licenciou 3000 produtos, possui o maior estúdio de BD do Brasil e é o maior produtor de cinema de animação daquele país.
Para este sucesso, tem uma explicação simples: a Turma da Mônica é formada por crianças que agem como crianças e que reflectem valores imutáveis e fundamentais: “amizade, solidariedade, superação”.
Depois do Bidu, vieram o Franjinha, o Cebolinha, Mônica, a estrela da companhia, inspirada num dos dez rebentos que teve em seis casamentos. E também o Cascão e a Magali, Chico Bento, a tétrica turma do Penadinho, o mini-dinossauro Horácio, o Astronauta e até o português Alfacinha. Ou Pelezinho e Ronaldinho Gaúcho, mini-heróis de papel, sempre com a bola nos pés. E um filho de pais separados, uma menina cega, outro paraplégico, para que as suas criações reflictam sempre o mundo real, defendendo a integração, o direito à diferença, o respeito pelos outros.
Projectos nunca faltam: o regresso às bancas portuguesas, há dois anos, Mônica, Cebolinha e os outros, adolescentes, em estilo manga, campanhas educativas e de sensibilização, edições pedagógicas na China, Ronaldinho Gaúcho numa série animada em Itália, revistas em inglês e espanhol (“um velho sonho”), o desejo de ver Pelezinho como mascote do Mundial de 2014…
Agora, depois da Unicef fazer da “dentucinha” sua embaixadora, as comemorações incluem vários livros, uma homenagem de cartoonistas, a partir de 2ª-feira neste site, um documentário no Biography Channel e a exposição “Maurício 50 anos”, no Museu Brasileiro de Escultura, que traça o seu percurso e mostra os heróis da Turma reinterpretando obras de arte clássicos.


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Turma da Mônica explica acordo ortográfico

Chega hoje aos quiosques e bancas portuguesas a revista “Saiba Mais! – Turma da Mônica #16 – Reforma Ortográfica”, uma publicação com carácter didáctico, em os heróis criados por Maurício de Sousa explicam as novas regras de escrita para a língua portuguesa.
Publicada originalmente em Dezembro de 2008 no Brasil, no mês anterior à entrada em vigor do Acordo Ortográfico naquele país, a narrativa começa por explicar as razões que levaram à sua criação através de uma breve introdução histórica à difusão do português pelo mundo. Depois, associa mais um dos planos infalíveis do Cebolinha para derrotar a Mônica, à enumeração das principais mudanças que o acordo, ainda sem data de entrada em vigor no nosso país, vai introduzir na escrita do português, utilizado por cerca de 200 milhões de pessoas em todo o mundo.
As principais alterações com efeito no Brasil são explicadas pelo Manezinho, enquanto que o António Alfacinha, o “miúdo luso”, faz nova aparição nas histórias da Turma na última mão cheia de pranchas, para explicitar quais as mudanças mais relevantes no português de Portugal: perda das consoantes não pronunciadas em palavras como “acção”, “facto” ou “adopção” ou eliminação do “h” em “húmido”. Como nota negativa ficam dois erros graves: Timor-Leste é indicado como ficando na Indonésia e “erva” em Portugal ainda seria “herva”.
Depois das 20 pranchas de BD, que terminam com mais uma tradicional perseguição da Mônica ao Cebolinha, surgem mais 10 páginas de passatempos, já segundo as novas regras ortográficas. Como oferta, a edição, traz uma mini-revista com uma história do Franjinha que aborda o mesmo tema.


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F. Cleto e Pina

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Turma da Mônica homenageia Michael Jackson

Maurício de Sousa divulgou no passado sábado um guião de homenagem a Michael Jackson. É uma história intitulada “À espera de um astro”, escrita pelo argumentista Paulo Back e protagonizada pela Turma do Penadinho, composta por fantasmas, esqueletos, múmias, vampiros e lobisomens, que esperam pelo rei da Pop num cemitério. Enquanto aguardam, usam alguns dos acessórios típicos do cantor e tentam imitar os seus passos, evocando o videoclip de “Thriller”, mas com resultados desastrosos. No final, acabam desiludidos pois a Dona Morte informa que o cantor foi para o céu, onde o vemos a dançar com o Anjinho, entre outros.
São dez páginas, para já apenas na forma de esboço, que foram anunciadas no Twitter, podendo ser vistas aqui. Depois de desenhada e colorida, a história deverá ser publicada na revista “Mônica” #33, a editar no Brasil em Setembro e que deverá ser distribuída em Portugal em Março de 2010.
Esta não é a primeira vez que o cantor se cruza com os heróis da Turma da Mônica, já que na década de 80 teve diversas aparições nas revistas de Maurício de Sousa.


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“O mais importante da Turma da Mônica são os valores que transmite”

Chama-se Maurício de Sousa, nasceu há 73 anos no Brasil, completa 50 de carreira em 2009 e demonstra uma enorme vitalidade, notória nos muitos projectos que continua a desenvolver e a abraçar.
O principal, no momento, é a Campanha Educacional na China com a Turma da Mônica, “via Internet, desenvolvida a convite do governo chinês”, como faz questão de frisar. E entusiasma-se: “Imagine a oportunidade que temos de inculcar os nossos valores em 180 milhões de crianças daquela que vai ser em breve a nação mais poderosa do mundo!”.
Aliás, após meio século de “quadrinhos”, se mudaram “a linguagem e as ferramentas”, se há actualizações “devidas aos progressos tecnológicos”, se há “novas temáticas como a ecologia ou o respeito pela diferença”, algo permanece inalterado na Turma: “os valores que queremos transmitir: amizade, solidariedade, superação”.
Valores também presentes na Turma da Mónica Jovem, “o filho que de momento me exige mais cuidado, pois finalmente deixou o meu colo e está à vista de todos”, diz com um brilhozinho nos olhos que surge quando fala nos seus “rebentos”. Desenhado por si – “faço sempre o primeiro esboço de novas personagens” – com a ajuda “imprescindível da minha esposa, Alice Takeda, que faz rostos melhor do que eu e domina o que diz respeito a moda e vestuário”, é “uma versão adolescente em estilo manga dos heróis tradicionais”, com a narrativa dividida entre acção e fantasia, “de acordo com os gostos adolescentes” e o quotidiano dos protagonistas, o “que nos vai permitir abordar temas importantes para os jovens como acne, namoro, sexo seguro, gravidez indesejada ou incorporação no exército”, e que os portugueses conhecerão dentro de três meses. E se não vê problema “nas poses sensuais de Mônica e Magali ou em piadas com duplo sentido”, obrigou a “oito versões da capa do nº 4, em que a Mônica beija o Cebola” – e recusa mostrar “o Cascão na banheira, apesar de ele agora já tomar banho”. Porque a última palavra continua a ser sua, pelo que revê “1000 páginas de BD por mês” e todos os contratos passam por si.
Vocacionada para adolescentes, a “Turma da Mônica Jovem” é também lida “por adultos que querem ver como cresceram os heróis de infância e por crianças que querem saber como serão um dia”, o que fez dela um “sucesso, que nunca esperamos, embora sabendo que o trabalho bem feito geralmente gera bons resultados”, com a tiragem inicial de 50 mil exemplares quintuplicada após apenas 3 números, com o interesse da Cartoon Network na sua difusão mundial em desenhos animados e inúmeras solicitações para licenciamentos.
Afável, vibra com outros temas como a “nova série de animação computorizada”, o sucesso internacional da revista “Ronaldinho Gaúcho”, a possibilidade de concretizar “em breve dois parques temáticos em shoppings de Lisboa e Porto”, o desejo de ter ”dois dias de calma para criar as bases” duma versão do Homem-Aranha já anunciada ou a possibilidade do seu “Pelezinho se tornar na mascote da selecção brasileira de futebol”.
E, demonstrando uma enorme vitalidade, encontra tempo para “conversar regularmente com os fãs nos fóruns da internet”, de forma a “garantir a interacção com o leitor”, por isso os seus quadradinhos vendem 2 milhões de exemplares mensais no Brasil e são traduzidos em 30 línguas, contrariando os sinais de crise e de dificuldade de renovação de leitores da BD dita popular. Porque, conclui Maurício de Sousa”, “prefiro errar ao tentar fazer algo novo, do que acertar em algo já experimentado”.

António Alfacinha e o Acordo Ortográfico

Estreado em Julho de 2007, na revista “Cebolinha” #7, o “miúdo luso” da Turma da Mónica “tem andado algo fugido”, confessa o seu pai, apesar de aparições fugazes em duas histórias “que ainda não chegaram a Portugal”. Mas promete para breve ”uma história em quadrinhos protagonizada por ele”, bem como um papel fundamental na revista “Turma da Mónica – Saiba Mais #16 – Reforma ortográfica” (que deverá chegar às bancas portuguesas em Junho de 2009), no qual Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e o António Alfacinha dão a “conhecer as mudanças que aproximam todos os países que falam a língua portuguesa”.


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Turma da Mónica Jovem para adolescentes

Heróis de Maurício de Sousa mais velhos em Agosto; nova versão pretende focar temas como o sexo e as drogas numa perspectiva educativa; adoptado estilo manga para seduzir novos leitores

A notícia não é nova, pois há mais de um ano que Maurício de Sousa faz referências a este projecto, mas a divulgação das primeiras imagens da Turma da Mónica em estilo manga (designação da BD japonesa) prometem causar polémica, que já está instalada nos blogs e sites brasileiros de quadradinhos, com os potenciais leitores divididos entre dar o benefício da dúvida e a recusa pura e simples.
Na verdade, a Turma da Mónica Jovem (assim baptizada por votação dos fãs pela Internet) faz uma ruptura total com os heróis que gerações acompanham há quase meio século, quer na sua temática, quer no seu grafismo. Ou não fossem a Mónica, Cebolinha, Cascão ou Magali retratados na sua adolescência e claramente vocacionados para esta faixa etária, grande apreciadora de quadradinhos japoneses, uma vez que as revistas tradicionais da Turma dividem o seu público maioritariamente entre crianças e adultos. Por isso, a temática das novas histórias abordará “temas diversos, como drogas, bebidas e sexo”, como afirmou o desenhador ao jornal brasileiro “Estado de S. Paulo”, numa perspectiva educativa e didáctica, porque “o autor deve tratar o leitor como filho e, por isso, tem a responsabilidade de o educar”.
Graficamente, Mónica, Cebolinha, Cascão, Magali e os restantes membros da Turma, rondam agora os 15, 16 anos e, embora mantendo o traço arredondado e bem definido e as suas características próprias, ganham um aspecto mais realista, mais humano, com roupas e acessório bem modernos e mesmo um toque de sensualidade no que às meninas diz respeito.
A nova publicação será lançada em Agosto, em paralelo com as demais revistas de Maurício de Sousa, porque “uma linha não invalida a outra” e a ideia é “lançar números mensais por pelo menos um ou dois anos para sentir a recepção do público”. No interior, a preto e branco, tal como a maioria dos manga, estão bem patentes algumas das características daquele género de BD: olhos grandes, bocas desmesuradamente abertas ou uso profícuo de linhas indicadoras de movimento. A Portugal, onde os títulos regulares da turma da Mónica são distribuídos mensalmente, a nova revista deverá chegar no início de 2009. Nos quiosques está actualmente a mini-série “Tina e os Caçadores de Enigmas“, uma nova versão da turma da Tina, na linha de modelos como Indiana Jones ou Tomb Raider, que Maurício de Sousa lançou no início deste ano, também o mesmo objectivo de chegar ao público jovem.


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F. Cleto e Pina

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Ayrton Senna regressa em BD

Editora brasileira recupera Senninha, versão infantil do famoso piloto, lançada nos anos 90

Ayrton Senna, que os brasileirios e muitos fãs de Fórmula 1 nunca esqueceram, está de volta na sua versão infantil aos quadradinhos. O projecto é da brasileira HQ Maniacs Editora, numa parceria com o Instituto Ayrton Senna, que acaba de lançar o primeiro número da revista “Senninha e Sua Turma”, recuperando a personagem criada em 1991 por Rogério Martins, publicitário, e Ridaut Dias Jr., desenhador do estúdio de Maurício de Sousa, a partir de uma ideia do próprio piloto, com o propósito de transmitir às crianças brasileiras alguns dos seus valores como a vontade de vencer, a determinação e o orgulho de ser brasileiro. O herói, que teve uma revista com o seu nome, a partir de 1994, que durou 5 anos e 103 números, está actualmente licenciado para mais de 250 produtos na área educacional, do vestuário ou da alimentação.
As aventuras publicadas na nova revista, que nas suas 32 páginas também traz jogos e passatempos e um poster com o herói, são inéditas e giram em torno do quotidiano infantil, sempre com a paixão pelos automóveis como pano de fundo. Ao mesmo tempo é lançada também uma edição especial intitulada “Ayrton Senna – Um Herói Brasileiro”, no qual o herói de papel prepara um trabalho para a escola sobre o seu ídolo, recordando os principais momentos da sua carreira, que terminou abruptamente num acidente no Grande Prémio de São Marino, em Imola, Itália, em 1994. Os lucros provenientes das duas publicações reverterão para os projectos educacionais que o Instituto Ayrton Senna mantém.
Em 1976, um outro ídolo brasileiro, o “rei” pelé, inspirara “Pelezinho”, uma criação de Maurício de Sousa tal como, aliás, Ronaldinho Gaúcho, versão infantil do craque do Barcelona, cuja revista chega mensalmente às bancas portuguesas.


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F. Cleto e Pina

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Turma da Mônica chega à China

Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e todos os outros componentes da Turma da Mônica, acabam de acrescentar mais uma língua ao seu já longo currículo verbal, desta vez aquela que mais pessoas utilizam no mundo: o mandarim.
Na verdade, cinco revistas da série “Saiba Mais!” foram lançadas na China pela OEC – Online Eucation China, no seguimento de uma parceria estabelecida por aquela editora e pelo Consulado do Brasil de Xangai. O projecto estava em estudo há mais de um ano, tendo agora sido concretizado.
Os cinco títulos, protagonizados pelas principais criações de Maurício de Sousa, têm uma vocação didáctica e abordam os seguintes temas de forma leve e divertida: “Descobrimento do Brasil”, “Fenómenos da Natureza” (que chegará às bancas portuguesas em Março, uma vez que esta colecção está a ser distribuída bimestralmente entre nós desde o mês passado), “Futebol”, “Meio Ambiente” e “Imigração”. Para além das histórias aos quadradinhos as revistas incluem também passatempos educativos.
A China junta-se assim à meia centena de países que lê regularmente as histórias da Turma da Mônica, entre os quais, Espanha, Indonésia, Coreia do Sul e Estados Unidos. Em entrevista ao Jornal de Notícias, em Novembro de 2006, aquando da sua passagem pelo Festival de BD da Amadora, Maurício de Sousa, que nasceu em 1935, revelou que a “internacionalização” das suas criações implica alguns cuidados, para que não sejam feridas susceptibilidades em cada um dos mercados, confessando que os Estados Unidos são um dos mais susceptíveis.
Principal embaixadora dos quadradinhos brasileiros, com vendas mensais no Brasil na ordem dos dois a três milhões de exemplares, a Turma da Mônica viu nascer as suas primeiras personagens, Bidú e Franjinha, em 1959, então no formato de tiras de imprensa que Maurício de Sousa vendia directamente aos jornais. O mais recente menino da Turma é português, tem o nome de António Alfacinha e fez a sua estreia na revista “Cebolinha #7”, ainda nas bancas portuguesas.


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António Alfacinha chega a Portugal

Português da Turma da Mônica na capa da revista “Cebolinha #7”, agora nas bancas; A sua introdução reflecte a aproximação das criações de Maurício de Sousa à realidade do Brasil

Está já a chegar às bancas portuguesas a revista “Cebolinha” #7 (nova numeração iniciada em Janeiro de 2007, quando as revistas da Turma da Mônica passaram a ser distribuídas pela Panini), na qual faz a sua estreia António Alfacinha, o “miúdo luso” que Maurício de Sousa introduziu há pouco mais de meio ano. As revistas da Turma da Mônica, após alguns meses de ausência voltaram a ser distribuídas no nosso país em Julho último, com cerca de uma dezena de títulos mensais, para além de edições especiais como “Lostinho – perdidinhos nos quadrinhos” ou “O Imundo perdido – Horacic Park”, paródias a “Lost” e “Jurassic Park”, respectivamente, a que se juntará, em breve, a primeira compilação das tiras originais dos anos 60 onde os pequenos heróis de Maurício deram os primeiros passos.
Aparentando a mesma idade que a Mônica, Cebolinha, Cascão ou Magali, o Alfacinha, – que usa e abusa do “oh pá!” e do “ora pois!” – veste calção verde e t-shirt vermelha (numa óbvia alusão à bandeira portuguesa) e um colete preto; o cabelo é escuro e lembra um bigode aristocrático português, embora nos primeiros esboços se assemelhasse a uma alface, na forma e na cor. E tem os olhos e as bochechas salientes, típicas das personagens de Maurício, que lhe conferem um ar simpático e divertido e condizem com o carácter desinibido e mesmo provocador do Alfacinha.
A história assenta em divertidos trocadilhos e confusões causados pelas diferenças entre as línguas portuguesa (do Alfacinha) e brasileira (dos restantes intervenientes) e na paixão à primeira vista que o portuguesinho sente pela Mônica, o que provoca uma enciumada resposta do Cebolinha, embora caiba à pretendida a última palavra, dita aos dois, de forma expressiva, com o seu célebre coelhinho.
A introdução do Alfacinha – bem como de Dorinha, a menina cega, Luca, o paraplégico em cadeira de rodas, Bloguinho, um maníaco da informática, ou, em breve, uma menina com Síndroma de Down – enquadra-se na aproximação da Turma da Mónica à realidade actual e no seu espírito de renovação constante, razão pela qual, está já em preparação uma versão da Turma em estilo manga (bd japonesa). Isto a par da aposta noutros suportes: cinema de animação, um parque temático e a internet. Estas são razões que ajudam a explicar o seu sucesso crescente: os seus diversos títulos vendem dois a três milhões de exemplares mensalmente no Brasil, sendo traduzida em países tão diferentes como Espanha, Itália, EUA, Indonésia ou Coreia do Sul.

Entrevista com Maurício de Sousa

“António Alfacinha é uma homenagem aos meus amigos portugueses”

Chama-se Maurício de Sousa, nasceu em 1935, em Santa Isabel, no Brasil, e desde 1959 anima as aventuras aos quadradinhos de um grupo de miúdos que o tornaram famoso: a Turma da Mónica, cuja principal mensagem é “deixem as crianças ser crianças”. Em declarações exclusivas para o Jornal de Notícias explicou falou da génese do António Alfacinha.

Jornal de Notícias – Porquê um português na Turma da Mônica?
Maurício de Sousa – Porque a Turminha não tem fronteiras. Como as nossas personagens são exportadas para dezenas de países, achei que era uma óptima oportunidade de mostrar ao mundo que o Brasil acolhe pessoas de todas as nacionalidades com o mesmo carinho.

Como nasceu o António Alfacinha?
Eu tinha planos para um miúdo luso há muito tempo. Quando estive no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, em 2006, vi pela reacção dos leitores portugueses que estava mais do que na hora. Então, tratamos de estudá-lo e de moldá-lo para se encaixar no perfil da Turminha.

Quais as maiores dificuldades que houve na sua criação?
Ah, sem dúvida, foi mostrar que o António Alfacinha é uma homenagem aos meus queridos amigos portugueses. Tomamos todo o cuidado para que ele não soasse como uma paródia. A ideia de brincar com as diferenças dos nossos idiomas ajudou muito para esse fim.

Quais têm sido as reacções dos leitores ao António?
Os leitores adoraram a sua primeira aparição. E como desde então ele não tornou a aparecer (logo, logo, ele retorna), têm-nos pedido novas histórias.

Com que frequência vamos encontrá-lo nas revistas da Turma da Mônica?
Não estabelecemos qualquer tipo de frequência. As personagens adquirem vida própria quando passam a chamar mais e mais a atenção dos leitores. Eu diria que o Alfacinha está no bom caminho.


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F. Cleto e Pina

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