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Banda Desenhada Portuguesa mostra-se na China

Obras de seis autores nacionais patentes em Xangai; Parceria com o FIBDA prevê exposição de autores chineses em Outubro, na Amadora

Começou ontem em Xangai e decorre até dia 1 de Julho, a 4ª China International Animation Cartoon and Game Fair, que conta no seu programa com uma exposição de banda desenhada de autores portugueses. A sua presença começou a tomar forma num encontro no Festival de BD de Angoulême, França, em Janeiro último, entre Nelson Dona, director do Festival Internacional de BD da Amadora (FIBDA), e um dos responsáveis do National Center for Developing Animation Cartoon and Game Industry, que organiza aquele evento chinês, para o qual têm sido convidados autores europeus de diversas nacionalidades, como forma de combater a predominância da banda desenhada japonesa (manga) na China.
Nesta primeira participação lusa no certame, o FIBDA optou por seleccionar autores de diferentes áreas e estilos, com obra publicada no estrangeiro, com uma excepção: Luís Henriques, desenhador de “Black Box Stories #1 – Tratado de Umbrografia” (Devir), por ser o autor em destaque na edição deste ano do FIBDA. Os restantes nomes eleitos, que escolheram cerca de uma dezena de pranchas para serem reproduzidas na mostra de Xangai, foram Daniel Maia (com diversos trabalhos para o mercado de comics norte-americano), Rui Lacas (“Merci patron”, Suiça), Miguel Rocha (“Beterraba”, Espanha), José Carlos Fernandes (“A Pior Banda do Mundo”, Espanha, Brasil e Polónia) mas que optou por levar originais do segundo volume das suas “Black Box Stories” , a editar ainda este ano, desenhado por Roberto Gomes, e Richard Câmara (“Cappuccetto Rosso”, Itália). Este último, autor de um curioso “O Capuchinho Vermelho na versão que as crianças mais gostam!” (Polvo), na qual a história tradicional é narrada, em paralelo e em simultâneo, sem palavras, segundo o ponto de vista da menina, do lobo, do caçador e da avozinha, e com inusitadas variações, é o único autor presente em Xangai.
Esta parceria agora iniciada, e que se estenderá pelo menos até 2009, prevê a presença em Outubro e Novembro próximos, no 19º Festival de BD da Amadora, de um responsável daquele festival e de um autor chinês, bem como de uma exposição de banda desenhada chinesa subordinada ao tema genérico que o FIBDA escolheu para este ano: “Ficção-científica e Tecnologia”.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

Publicação

Jornal de Notícias

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Turma da Mônica chega à China

Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e todos os outros componentes da Turma da Mônica, acabam de acrescentar mais uma língua ao seu já longo currículo verbal, desta vez aquela que mais pessoas utilizam no mundo: o mandarim.
Na verdade, cinco revistas da série “Saiba Mais!” foram lançadas na China pela OEC – Online Eucation China, no seguimento de uma parceria estabelecida por aquela editora e pelo Consulado do Brasil de Xangai. O projecto estava em estudo há mais de um ano, tendo agora sido concretizado.
Os cinco títulos, protagonizados pelas principais criações de Maurício de Sousa, têm uma vocação didáctica e abordam os seguintes temas de forma leve e divertida: “Descobrimento do Brasil”, “Fenómenos da Natureza” (que chegará às bancas portuguesas em Março, uma vez que esta colecção está a ser distribuída bimestralmente entre nós desde o mês passado), “Futebol”, “Meio Ambiente” e “Imigração”. Para além das histórias aos quadradinhos as revistas incluem também passatempos educativos.
A China junta-se assim à meia centena de países que lê regularmente as histórias da Turma da Mônica, entre os quais, Espanha, Indonésia, Coreia do Sul e Estados Unidos. Em entrevista ao Jornal de Notícias, em Novembro de 2006, aquando da sua passagem pelo Festival de BD da Amadora, Maurício de Sousa, que nasceu em 1935, revelou que a “internacionalização” das suas criações implica alguns cuidados, para que não sejam feridas susceptibilidades em cada um dos mercados, confessando que os Estados Unidos são um dos mais susceptíveis.
Principal embaixadora dos quadradinhos brasileiros, com vendas mensais no Brasil na ordem dos dois a três milhões de exemplares, a Turma da Mônica viu nascer as suas primeiras personagens, Bidú e Franjinha, em 1959, então no formato de tiras de imprensa que Maurício de Sousa vendia directamente aos jornais. O mais recente menino da Turma é português, tem o nome de António Alfacinha e fez a sua estreia na revista “Cebolinha #7”, ainda nas bancas portuguesas.


Escrito Por

F. Cleto e Pina

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Jornal de Notícias

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