Etiqueta: Pedro Cleto

E ao terceiro dia a Comic Con encheu

E finalmente, ao terceiro dia a Comic Con teve a habitual enchente de fãs de cinema, TV, jogos e BD e mais que uma vez o recinto teve que ser considerado esgotado, o que é o mesmo que dizer que lá dentro estavam 30 mil pessoas…

Na abertura, a fila de visitantes prolongava-se pelas artérias adjacentes à Exponor mas o novo sistema de verificação de entradas mostrou-se à altura das expectativas e o tempo máximo de espera rondou os 60 minutos.

As razões para esta afluência são fáceis de encontrar: a concentração dos principais convidados: os actores Kevin Sussman, Cobie Smulders e Jason Isaacs, os criadores de jogos Pokémon Junishi Masuda e Shigeru Ohmori e os autores de BD Chris Claremont, Achdé e Esad Ribic, a que é justo acrescentar a dupla luso-argentina Filipe Melo/Juan Cavia, responsável por algumas das mais extensas sessões de autógrafos.

Mas o que leva tanta gente a perder horas em sucessivas filas, só para trazer um simples brinde, uma foto com adereço de um filme ou série, um autógrafo ou uma selfie com uma celebridade, mesmo sabendo que algumas delas cobram até 25 € pela assinatura e o sorriso de circunstância? A resposta, repete-se um pouco de fila em fila: “paixão”, “vale a pena para lhes dizer que são o máximo”, “são os maiores”, “adoro o trabalho deles”, “são o meu actor/autor preferido”…

Com a enchente, multiplicaram-se os praticantes de cosplay, a arte que consiste em vestir e assumir a personalidade da personagem favorita e que já junta pais e filhos, como se viu na Comic Con. Com um requinte assinalável abundam protagonistas de “Star Wars” e super-heróis como Deadpool, Supergirl ou Harley Quinn, muitos (e muitas) Pikachus, princesas e guerreiros da “Guerra dos Tronos”, zombies de “The Walking Dead” e até os bem portugueses motorista Ambrósio e senhora, inspirados num anúncio de chocolates…

Hoje, é a última oportunidade para ver Katie Leung, Kevin Sussman, Rila Fukushima, Jason Isaacs, Lennie James, Chris Claremont ou Alex Maleev. Depois, resta esperar pelo regresso da Comic Con em 2017.


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F. Cleto e Pina

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A ‘Tia Nita’ faleceu

Mariana Simões Lopes Pereira Viegas faleceu aos 95 anos. Na memória de muitos, será sempre a ‘Tia Nita’ que dirigiu “A Formiga”, o suplemento para meninas que “O Mosquito” publicou entre 1943 e 1947. Irmã mais nova de António Cardoso Lopes, fundador daquela revista onde assinava como ’Tiotónio’, foi também mãe do actor Mário Viegas.
Professora primária, teve uma vida preenchida pois, a par do interesse pela literatura infanto-juvenil que sempre alimentou, aprendeu árabe e sânscrito, buscou protagonismo para as mulheres e integrou a primeira equipa portuguesa de hóquei em patins.
Teve a merecida homenagem pública em 2005, promovida pela Escola Superior de Educação de Santarém, onde vivia.


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F. Cleto e Pina

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Zé Carioca: 70 anos de preguiça

Há 70 anos, a antestreia no Rio de Janeiro de “Saludos Amigos”, permitia descobrir um novo herói do universo Disney: um papagaio antropomórfico chamado Zé Carioca.

No filme, que estrearia no ano seguinte nos Estados Unidos, o Pato Donald, de visita por alguns países latinos, integrado no esforço dos Estados Unidos para granjear aliados para a sua participação na II Guerra Mundial, teve como cicerones Panchito, no México, Gauchinho Voador, na Argentina e José Carioca, no Brasil, que o apresentou ao samba e… à cachaça!
Desenvolvido em tira diária de jornal por Paul Murry ainda em 1942, antes portanto da estreia do filme nos EUA, o Zé Carioca conheceu aí a sua namorada Rosinha e o pai dela Rocha Vaz, o seu amigo Nestor e o rival Luís Carlos, que posteriormente seria substituído por Zé Galo, em histórias centradas no Rio de Janeiro mas que o levariam também até à Amazónia.
O papagaio mais malandro da banda desenhada regressaria dois anos depois em novo filme, “The Three Caballeros”, uma vez mais destinado à América Latina, no qual o segmento brasileiro mostrava a Baía, numa combinação de animação com actores reais, entre eles Aurora Miranda, irmã da célebre Cármen Miranda.
De participação limitada nas bandas desenhadas produzidas nos Estados Unidos, o Zé Carioca, de forma compreensível, conheceu um grande sucesso no Brasil, onde se estreou na revista “O Globo Juvenil”, em meados da década de 1940. Co-protagonizaria a capa do primeiro número brasileiro do Pato Donald, em 1950 – o mesmo ano em que as revistas Disney do Brasil começaram a chegar a Portugal – e passaria a ter uma revista com o seu nome em 1961, com numeração alternada com as de Donald.
Seria nos quadradinhos brasileiros que a sua personalidade seria aprofundada e desenvolvida, sendo introduzido o gosto por pratos tipicamente locais, como a feijoada e a jaca, a praia, o samba e o futebol.
Como a certa altura não existiam histórias suficientes para alimentar a revista do Zé Carioca, um dos esquemas utilizados foi o decalque de histórias originalmente protagonizadas pelo Pato Donald ou Mickey, o que provocou mudanças constantes na sua personalidade, o levou a interagir com personagens de outros universos e à criação dos seus sobrinhos Zico e Zeca.
A partir de 1972, a editora Abril criou um estúdio próprio para produção de histórias no Brasil, entre as quais as do Zé Carioca, que passou a ter novos amigos, entre os quais Pedrão e Afonsinho, destacando-se Renato Canini entre os vários autores que o fizeram viver histórias tipicamente brasileiras.
Graficamente, o Zé Carioca foi evoluindo ao longo dos anos, passando da versão original com casaco, chapéu de palha e charuto (vício que seria abolido mais tarde) para uma indumentária mais tropical e moderna com camisa estampada e boné. Os seus confrontos com a ANACOZECA (Associação Nacional dos Cobradores do Zé Carioca) e as suas aparições como Morcego Verde, um super-herói trapalhão, foram outras das temáticas exploradas nas suas aventuras.

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Um herói bem brasileiro

Segundo se sabe, foi o próprio Walt Disney que esboçou Zé Carioca no Copacabana Palace Hotel, durante uma visita que fez ao Rio de Janeiro, de que gostou tanto que quis deixar uma lembrança para os seus anfitriões: o único herói Disney que fala português… do Brasil! E cujo nome é igual em qualquer outra língua!
Criou-o como um estereótipo dos brasileiros: fanático do descanso, preguiçoso, caloteiro, malandro, alérgico ao trabalho e amante de futebol, que pratica com mais presunção do que arte.
Geralmente as suas histórias decorrem na Vila Xurupita, no Morro do Papagaio, onde mora, facilmente identificável como uma favela do Rio de Janeiro, embora paredes meias com o bairro rico onde mora a sua namorada Rosinha.


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Tarzan regressa ao completar 100 anos

Tendo surgido pela primeira vez 1912 na revista pulp All-Story Magazine, que pré-publicou o romance “Tarzan of the Apes”, da autoria de Edgar Rice Burroughs, Tarzan, um dos mais icónicos personagens do século XX, completa um século no próximo mês de Outubro.
A data, já de si significativa, ficará marcada pelo regresso do “homem-macaco” aos quadradinhos, anunciou recentemente a Open Road Integrated Mediam.
As bandas desenhadas, que serão disponibilizadas a partir de 16 de Outubro nos EUA, simultaneamente em edição em papel e digital, serão baseadas em dois romances de Andy Briggs, “Tarzan: The Greystoke Legacy” (de 2010) e “Tarzan: The Jungle Warrior” (2012), que revisitam as origens do selvagem branco e do seu relacionamento com Jane. A versão digital incluirá uma biografia em BD do seu criador original.
Protagonista de mais de duas dezenas de romances assinados por Burroughs, Tarzan deve muito da sua fama às versões aos quadradinhos – em especial às desenhadas por Hal Foster, Burne Hogarth, Russ Manning e Joe Kubert – e no cinema – onde ficaram célebres as películas protagonizadas por Elmo Lincoln (o primeiro Tarzan do grande ecrã) e pelo campeão olímpico Johnny Weissmuller.
Entretanto, há notícias de duas novas versões cinematográficas da lenda de Tarzan, uma da autoria de Craig Brewer, para a Warner Bros., e outra da Summit Entertainment, dirigida por Reinhard Klooss e protagonizada por Kellan Lutz, que já trabalharam juntos na saga Crepúsculo, embora ainda não tenham sido adiantadas datas para nenhuma delas.


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Sergio Toppi

Sergio Toppi faleceu ontem, aos 80 anos. Considerado um dos grandes desenhadores clássicos italianos de BD deixa uma extensa bibliografia especialmente composta por biografias, adaptações e temas históricos.
Publicado na colecção “À Descoberta do Mundo” (Dom Quixote, anos 80), possuía um desenho realista, original e de grande sentido estético, assente no uso de linhas finas e num subtil equilíbrio entre o branco e o negro.


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Massacre altera calendário de Batman

Na sequência do massacre de 20 de Julho, num cinema da cidade de Aurora, no Colorado, que estreava o novo filme de Batman, onde um homem disparou contra os espectadores, matando 12 pessoas e ferindo 59, a Warner Bros. Animation acaba de solicitar aos produtores da nova série animada de Batman, a estrear em 2013, que reduzam o recurso a armas de fogo e as cenas de violência, bem como o seu realismo.
A DC Comics, logo após o massacre, também já tinha adiado o lançamento da revista “Batman Incorporated” #3 “em consideração às vítimas e aos seus familiares”, adiantando que parte da história escrita por Grant Morrison e desenhada por Chris Burnham – uma mulher a brandir uma pistola no interior de uma sala de aulas repleta de adolescentes, segundo alguns sites especializados – poderia ser considerada insensível face à tragédia que teve lugar.
Apesar de “Batman Incorporated” #3 ser posta à venda a 22 de Agosto, por 2,99 dólares (2,40 €), já existem exemplares a circular no eBay, vendidos por 30 dólares, ou pelo triplo deste valor no caso da edição com capa alternativa.


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Quentin Tarantino escreve BD

A DC Comics, editora de Batman e Superman, anunciou no passado fim-de-semana que vai publicar a versão aos quadradinhos do novo filme de Quentin Tarantino, “Django Unchained”.
A notícia, divulgada pelo próprio realizador durante a San Diego Comic-Com, uma das mais importantes convenções de BD norte-americanas, especifica que se tratará de uma mini-série em cinco números, que começará a ser publicada no próximo mês de Novembro.
Ainda não foram divulgados os nomes dos desenhadores que participarão no projecto, sabendo-se apenas que o argumento tem como ponto de partida a totalidade do storyboard escrito por Tarantino para o filme. Desta forma, a banda desenhada será uma espécie de “versão de realizador”, pois incluirá cenas que acabaram por não ser incluídas na versão cinematográfica.
“Django Unchained”, protagonizado por Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson, Christoph Waltz e Jamie Foxx, é um western que conta como um ex-escravo e o seu antigo senhor se unem para libertar a esposa daquele, aprisionada por um fazendeiro conhecido por maltratar e obrigar as suas escravas a prostituírem-se.
Com estreia marcada nos Estados Unidos para Dezembro do corrente ano, o filme deverá chegar aos cinemas portugueses a 24 de Janeiro de 2013.


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Futebol aos quadradinhos

Próximos na data de nascimento, futebol e banda desenhada têm vivido juntos muitas aventuras, dentro das 4 linhas, do relvado e das vinhetas de papel.

Um dos mais famosos futebolistas dos quadradinhos – que os leitores do JN certamente recordam – é “Dick, o goleador”, uma tira diária de imprensa escrita por Alfredo Grassi para o desenho de José Luís Salinas, também publicada no Mundo de Aventuras. Protagonizada por três jovens sul-americanos – Dick, Poli e Jeff – combina a faceta desportiva com proezas de tom policial.
Este tipo de equilíbrio é uma característica comum a outros futebolistas de papel, como Eric Castel, craque do Barcelona, e Vincent Larcher, do AC Milan, criados pelo belga Raymond Reding; este último passou pelas páginas do Tintin e dele a Bertrand editou “Futebol e minissaias”. Do mesmo autor é “O sensacional Walter Muller”, que o Mundo de Aventuras publicou, sobre um jogador dos distritais alemães destinado a vencer no Barcelona, com o mundial de 1974 como pano de fundo.
Capitão Tsubasa, uma criação de Yōichi Takahashi, que saltou do papel para a animação (Oliver e Benji na tv nacional), acompanha um avançado e um guarda-redes desde as camadas jovens, passando por experiências no Brasil e na Europa, até se sagrarem campeões do mundo pela selecção principal japonesa.
Percurso inverso teve “Foot 2 Rue” (Clube de Rua), animação francófona protagonizada por crianças de um orfanato que participa num campeonato de futebol de rua, que Mardiolle e Cardona transpuseram para a BD.
O Euro 2004 trouxe os heróis Disney a Portugal e em 2006 o espanhol Ibañez levou Mortadelo e Salamão ao Mundial. Ainda no campo do humor, o futebol tem sido inspiração recorrente para autores como o argentino Mordillo, o turco Gurcan Gürsel ou os portugueses José Bandeira (aqui no JN) ou Luís Afonso – embora estes abordem mais as questões colaterais…
Ainda em português, Eugénio Silva traçou aos quadradinhos a biografia de um dos maiores jogadores nacionais de sempre em ”Eusébio Pantera Negra”, e Vítor Péon narrou os feitos de João Davus, ficção sobre um futebolista português a actuar em Inglaterra, onde o seu criador então trabalhava. Em Inglaterra nasceu também “Billy, o Botas”, herói juvenil de Fred Baker e John Gillatt, cujo talento futebolístico advinha de umas velhas botas que tinham pertencido a um jogador famoso.
Num registo mais adulto, uma referência para “Aqueles que te amam”, de Davodeau, que se inicia com um autogolo voluntário numa final da Taça dos Campeões e reflecte sobre a facilidade com que os fãs passam da paixão ao ódio e o lado mercantil dos atletas. Ulf K. e Andreas Dierssen, num curto e terno registo autobiográfico evocam a infância em “O ano em que fomos campeões mundiais” (Polvo), curiosamente o mesmo título que foi dado à BD que narrou a conquista do título mundial pela Espanha em 2010.
Nesta linha narrativa, se hoje em dia é normal evocar a história dos clubes aos quadradinhos – no Brasil Ziraldo desenhou as do Corinthians, Fluminense, Palmeiras e Vasco da Gama, e em 2010 o centenário do Marítimo foi recordado em “Os Sonhos do Maravilhas” dos madeirenses Francisco Fernandes, Roberto Macedo Alves e Valter Sousa – no início da década de 90 quando Manuel Dias escreveu com humor, para o traço divertido de Artur Correia, a história dos três grandes do futebol português em “Era uma vez um leão”, “… um dragão e “… uma águia”, revelou algum pioneirismo.
E como o futebol vai continuar a provocar paixões e a arrastar multidões, a criar ídolos e casos mediáticos, é certo que vai continuar a ser um tema apetecível para quem cria histórias aos quadradinhos.

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A equipa de Maurício de Sousa

Se a maior parte dos protagonistas citados ao lado nasceram no papel, o brasileiro Maurício de Sousa, criador da Mônica e do Cebolinha, lançou dois heróis com trajecto inverso.
É o caso de Pelé(zinho), nos anos 90, e de Ronaldinho Gaúcho (já este século e cuja revista está disponível mensalmente nos quiosques portugueses), que Maurício recriou no seu traço característico, em histórias em que humor, amizade e futebol andam de mãos dadas.
Pelo caminho ficaram projectos similares com Ronaldo (o fenómeno brasileiro) e Dieg(uinh)o Maradona, por questões relacionadas com direitos de imagem.
E, possivelmente já em Agosto, a equipa de Maurício de Sousa vai receber um reforço de peso, Neymar(zinho), num registo juvenil, próximo da Turma da Mônica Jovem.


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Alpha, o novo parceiro do Homem-Aranha

Em Agosto, os 50 anos do Homem-Aranha trarão um presente inesperado: um parceiro mais novo, ao jeito de Batman e Robin.
Alpha será a identidade secreta de Andy Maguire (homenagem a Andrew Garfield e Tobey Maguire, os actores que interpretaram o herói aracnídeo no cinema) e a sua estreia ocorrerá na revista “Amazing Spider-Man #692”.
Humberto Ramos desenha a história escrita por Dan Slott, que apresenta um Peter Parker mais velho, a trabalhar como cientista numa grande empresa, na qual Maguire será atingido por um produto experimental, durante uma visita de estudantes. A semelhança com a sua experiência, levará o Homem-Aranha a ajudá-lo a controlar os novos poderes e a assumir as responsabilidades que eles lhe trazem, mas a relação entre ambos nem sempre será pacífica.


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F. Cleto e Pina

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Morreu Eddy Paape, o criador de Luc Orient

A BD belga perdeu ontem uma das suas referências, Eddy Paape, aos 91 anos.
Natural de Liége, teve formação em pintura e ilustração. Em 1942 conheceu num estúdio de animação Franquin, Morris e Peyo, com quem viria a trabalhar na revista “Spirou”, sob a égide de Jijé.
“Luc Orient” (1967), uma série de ficção-científica escrita por Greg e publicada em Portugal no “Tintin”, é a criação mais relevante da sua bibliografia, que também inclui “Jean Valhardi”, “Belles Histoires de L’Oncle Paul”, “Marc Dacier” e “Yorik des Tempêtes”.


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F. Cleto e Pina

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