Categoria: Recortes

BD romântica para elas

Dramacon #1 (de 3)
Svetlana Chmakova (argumento e desenho)
Edições ASA

Crónica irrequieta de paixões adolescentes, decorre numa convenção de manga e anime, onde Christie, uma argumentista, vai pela primeira vez, em companhia do seu namorado e desenhador, Derek, com quem termina a sua relação de sentido único, quando conhece Matt.
Mostrando como elas e eles vivem de forma diferente os seus amores, a autora surpreende pelo realismo com que expõe relacionamentos e reacções emocionais, acentuando esse retrato realista, por paradoxal que pareça, pelo uso recorrente de representações mais caricaturais das personagens, de acordo com os seus estados de espírito, o que também contribui para dotar a obra de um ritmo vivo e lhe confere um agradável tom de comédia romântica.


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F. Cleto e Pina

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Gandhi, Einstein e Marie Curie em manga educativo

Colecção da Bertrand divulga personalidades notáveis da História junto dos mais novos; ASA apresenta novas colecções de manga hoje em festa no Porto

Após algumas tentativas para impor os manga (BD japonesa) no mercado português, cujos resultados ficaram sempre aquém do esperado – nos mercados francês, espanhol, alemão ou norte-americano, a sua implantação ronda os 40 % -, estão neste momento nas livrarias seis títulos neste estilo, preferido pelas novas gerações que cresceram com os desenhos animados japoneses (anime), os videojogos e a Internet e que lêem manga em inglês.
A Bertrand centra a sua aposta nas crianças, propondo três volumes coloridos da colecção Grandes Figuras da História, uma produção do estúdio Ykids, da YoungJin Singapore. Dedicados a Albert Einstein, Ghandi e Marie Curie, destacam não só os factos fundamentais da biografia de cada um, mas também episódios curiosos, menos conhecidos, das suas carreiras, equilibrando o tom informativo com as características próprias da ficção, constituindo uma abordagem divertida e visualmente estimulante à descoberta das vidas inspiradoras de algumas personalidades da História. Cada volume destes manga educativos, com cerca de centena e meia de páginas, é complementado com notas de leitura para pais e professores, e com uma cronologia da época em que os biografados viveram, havendo um guia mais completo para download no site da Ykids.
Nele estão também referenciadas outras obras no mesmo estilo, nomeadamente as biografias de Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá e Leonardo Da Vinci, adaptações de lendas greco-romanas e de clássicos da literatura como “Mulherzinhas”, “A Ilha do Tesouro” ou “As Viagens de Gulliver”, bem como livros de introdução à Matemática, à História e à Leitura.

Festa Manga no Porto

Entretanto, hoje, no Porto, na Livraria Central Comics (R. do Bonjardim, 594), as Edições ASA promovem uma festa de apresentação dos seus títulos manga, oriundos do catálogo da norte-americana Tokyopop, com a presença de Maria José Pereira, responsável editorial do departamento de BD. Trata-se das trilogias “Warcraft”, baseada no jogo com o mesmo título, “Dramacon”, uma comédia romântica que decorre numa convenção de manga e anime, e “A princesa Pêssego”, a história de uma menina e do seu animal de estimação, um furão. Estes dois últimos têm a particularidade de se destinarem ao público feminino, adolescente, quase sempre esquecido pela banda desenhada ocidental, mas sempre contemplado pela produção nipónica de BD. O primeiro volume de cada série, devendo os restantes chegar às livrarias em Outubro próximo e em Fevereiro de 2009.


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F. Cleto e Pina

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Raymond Macherot, o pai dos pequenos roedores da BD

Raymond Macherot faleceu ontem durante o sono. Espera-se que a sonhar com as suas criações, os pequenos roedores Chlorophylle (“Tintin”, 1954) e Sibyline (“Spirou”, 1965) com que deu largas à sua paixão pela natureza, em aventuras palpitantes e recheadas de humor, onde o bem vencia sempre, e as quais traçava um retrato impressivo do ser humano, ou com as investigações do fleumático detective inglês Clifton (“Tintin”, 1960).
Belga, nascido em 1924, parecia destinado à pintura ou ao jornalismo, mas problemas financeiras encaminharam-no para a 9ª arte, na qual realizou centenas de pranchas que deliciaram várias gerações, também em Portugal, onde se estreou nos anos 50, no “Cavaleiro Andante”, e, mais tarde, nas revistas “Tintin” e “Spirou”.


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F. Cleto e Pina

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Pedro Couceiro acelera aos quadradinhos

Hugo Jesus e Rui Ricardo preparam biografia do piloto em BD; Livro deverá ser editado em Novembro de 2009

A vida do piloto português Pedro Couceiro vai ser contada aos quadradinhos como forma de assinalar os seus 25 anos de carreira, recentemente comemorados. O objectivo da obra é dar a conhecer aos jovens um pouco da sua vida, mostrando que apesar de momentos de frustração e de incerteza foi possível realizar alguns dos seus sonhos de criança.
Esta será, aliás, a linha condutora da obra, como explicou o desportista: “Quando era mais pequeno quis ser futebolista, nadador, ginasta olímpico ou cantor, e foram os sucessos e insucessos das minhas escolhas que me foram fazendo crescer e acreditar em novas metas. Quando tive a possibilidade de ser piloto, foi a sonhar que fui criando novas oportunidades e acabei por chegar onde nunca tinha pensado”. E acrescenta: “na minha vida, os sonhos têm-se vindo a sobrepor uns aos outros e são eles que me fazem acreditar que de tudo somos capazes e que nunca devemos desistir”.
O projecto foi entregue a Hugo Jesus, responsável pelo argumento, sob a supervisão do próprio Couceiro, e a Rui Ricardo, que fará os desenhos, no seu regresso à BD depois de “Superfuzz” (Devir), uma série no mundo da música, originalmente publicada no semanário “Blitz”.
Ao JN, Jesus revelou que a biografia de Couceiro será desenvolvida num registo que combina factos reais com algum humor, aligeirando a carga inerente aqueles e tornando-a uma leitura mais atractiva e divertida.
O argumento já está parcialmente escrito e Rui Ricardo trabalha actualmente no grafismo e enquadramento a adoptar nas 48 pranchas do livro, que terá o formato tradicional franco-belga e deverá ser editado em Novembro de 2009.
Pedro Couceiro, nascido a 23 de Março de 1970 em Angola, actualmente embaixador da UNICEF, não é o primeiro piloto a passar da velocidade para os quadradinhos, pois o mesmo aconteceu, a outro nível, com Ayrton Senna, nas histórias infantis do “Senninha”, para não falar nos muitos pilotos reais (entre os quais o também português Pedro Lamy) que ao longo de décadas passaram pelas páginas de ficção de Michel Vaillant, o mais famoso piloto da BD, criado por Jean Graton em 1957.


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F. Cleto e Pina

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Obama e McCain em Banda Desenhada

Biografias aos quadradinhos dos dois candidatos presidenciais norte-americanos, disponíveis em Outubro, em papel e nos telemóveis

Afastados em muitos aspectos, Barack Obama e John McCain, os candidatos presidenciais norte-americanos, vão ter (mais) um ponto em comum a partir do próximo dia 8 de Outubro, dia em que ambos vão ter as suas biografias editadas em banda desenhada pela editora IDW Publishing, que já conta no seu catálogo com obras semelhantes sobre o papa João Paulo II ou S. Francisco de Assis, a par de grandes clássicos dos quadradinhos como Dick Tracy, de Chester Gould.
Cerca de um mês antes das eleições presidenciais que decidirão quem vai suceder a George W. Bush, as vidas de Obama e McCain surgirão em dois comic-books, de 32 páginas cada, ao preço de 3,99 dólares, com capas de J. Scott Campbell, um veterano dos quadradinhos.
A biografia de Obama, escrita por Andrew Helfer e desenhada por Stephen Thompson, divide-se entre a sua origem humilde e a sua carreira meteórica até à liderança do Partido Democrata, enquanto que a de McCain, da autoria de Jeff Mariotte e Tom Morgan, dá especial destaque à sua carreira militar, incluindo o tempo em que esteve preso no Vietname, bem como ao seu trabalho no Senado. As duas obras ficarão disponíveis na versão integral não só na tradicional versão impressa mas também numa versão para download para telemóvel.


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Folheteen

Trabalhada por José Aguiar, um dos novos valores da BD brasileira, com um original traço anguloso e muito dinâmico, servido por cores fortes, enquadramentos múltiplos e bem conseguidas conjugações de vinhetas, “Folheteen” é uma narrativa agradável, falsamente leve.
Assumindo claramente o tom de crónica urbana sobre a solidão no meio da multidão e a dificuldade de ter opções diferentes numa sociedade movida pelo consumo, a banalidade e o sexo, levanta questões que obrigam a pensar o que realmente buscam – o que podem buscar? – os adolescentes, os “teen”, deste “folhetim” (novela) real que é a vida actual, onde a busca das ilusões com que os bombardeiam lhes esconde que a felicidade pode estar mesmo ao seu lado.


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F. Cleto e Pina

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Nova revista satírica lançada hoje em França

“Siné Hebdo” anuncia-se como “revista mal-educada” que “não respeitará ninguém”; Concorre directamente com a “Charlie Hebdo”, de onde Siné foi recentemente demitido

É lançada hoje em França a revista satírica “Siné Hebdo”, que surge como uma resposta de Siné, um dos grandes desenhadores de esquerda do Maio de 1968, ao seu despedimento pela “Charlie Hebdo”, com quem vai agora concorrer directamente.
Tudo começou em meados de Julho quando uma peça do cartoonista sobre um eventual tratamento especial das autoridades para com Jean Sarkozy, filho do presidente francês, foi considerada ofensiva e anti-semita, o que levou a direcção da publicação a exigir-lhe uma explicação pública ou a proibição de voltar a publicar. Siné recusou-se e abandonou a revista que ajudou a fundar, ainda como “Hara-Kiri Hebdo”, no início dos anos 70, e onde colaborava há mais de 15 anos. Para alguns tratou-se de um ajuste de contas entre a velha guarda da revista, a que pertence Siné, quase a completar 80 anos, e os autores mais jovens.
A nova publicação, que conta entre os seus colaboradores Bedos, Alévêque, Delépine, Gaccio, Berroyer, Geluck, Mix & Remix, Tardi ou Vuillemin, tem 16 páginas a cores, formato tablóide, anuncia-se como uma revista “de humor, libertária e mal-educada” que não “respeitará ninguém nem terá nenhum tabu”, apresenta uma tiragem de 150 mil exemplares para o nº 1 e a pretensão de fixar as vendas nos 35 mil. E sai à quarta-feira, tal como a “Charlie Hebdo” que preparou para hoje um número especial dedicado ao Papa Bento XVI, que inclui cartazes para ostentar aquando da sua próxima visita a França.
No seu site um cartoon de Jiho que mostra um avião de papel feito, com a capa da revista, prestes a embater no palácio do Eliseu, tem como título: “O 10 de Setembro de 2009 vai ficar na memória…”.


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F. Cleto e Pina

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Leilão para restaurar a casa onde Superman foi criado

Autores de BD cedem originais para preservar casa de Jerry Siegel; Participação na série televisiva “Heroes” ou em comics de super-heróis também podem ser licitados

Alguns dos nomes mais destacados dos quadradinhos norte-americanos uniram-se para tentar salvar a casa onde Jerry Siegel imaginou as primeiras aventuras de Superman.
Siegel (1914-1996) cresceu numa casa nos arredores de Cleveland, no Ohio, Estados Unidos, e terá sido lá que pela primeira vez projectou aquele que viria a ser conhecido como o Homem de Aço.
Hoje em dia a casa encontra-se em bastante mau estado e a família que lá habita não tem condições para a restaurar. A situação foi descoberta por Brad Meltzer, quando fazia pesquisas para o seu livro “Book of lies”, no qual relaciona o assassinato de Abel por Caim, com o do pai de Siegel, morto a tiro em 1932, argumentando que este nefasto acontecimento está relacionado com a criação do primeiro super-herói. Na sequência da visita, Meltzer e o desenhador Alex Ross decidiram oferecer à família que lá habita há 20 anos uma placa comemorativa daquele acontecimento marcante da história da banda desenhada. Na mesma altura Meltzer descobriu que a casa de Joe Shuster, o desenhador original de Superman, já tinha sido demolida por ameaçar ruína.
Como pretende evitar que o mesmo aconteça à casa de Siegel, o escritor está agora a promover uma angariação de fundos na qual pretende recolher pelo menos 50 mil dólares para restaurar o edifício. Essa angariação está já a decorrer no site Ordinary People Change the World, onde durante o mês de Setembro serão leiloados semanalmente não só originais de autores como Alex Ross, Andy Kubert, Dave Gibbons, Geoff Darrow, John Romita Jr., Mike Mignola ou Tim Sale, mas também uma t-shirt do filme “Superman IV” autografada pelo próprio Siegel (uma das seis que ele deixou à esposa caso viesse a ter dificuldades económicas), um guião do filme “Superman” autografado por Richard Donner, a possibilidade de aparecer num episódio da série televisiva “Heroes”, actualmente em exibição na TVI, ou de ser figurante num comic escrito por Neil Gaiman, Brian Michael Bendis ou Ed Brubaker ao lado dos maiores super-heróis dos quadradinhos.


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F. Cleto e Pina

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Voz de Snoopy morre aos 91 anos

Bill Melendez foi o único autorizado a animar os Peanuts de Charlie Schulz; Também trabalhou em filmes de Mickey, Donald, Bugs Bunny, Daffy Duck ou Garfield

Bill Menlendez, o animador que deu vida – e voz – a Snoopy e aos outros “Peanuts”, bem como a muitas outras personagens inesquecíveis do desenho animado, morreu no Hospital St. John’s, em Santa Mónica, nos Estados Unidos, de causas naturais, contava 91 anos.
Nascido a 15 de Novembro de 1916, em Hermosillo , no estado de Sonora, no México, como José Cuauhtémoc Melendez, começou a sua carreira na animação em 1938, nos Estúdios de Walt Disney, tendo trabalhado em filmes como “Pinóquio”, “Fantasia” e “Dumbo” e também com Mickey Mouse e Donald Duck.
Mais tarde, para a Warner Bros., participou na criação de Bugs Bunny, Daffy Duck e Porky Pig, deixando a empresa em 1948 para iniciar uma carreira de director e produtor de anúncios publicitários para a televisão, tendo criado mais de um milhar de filmes nos 15 anos seguintes, entre os quais “Gerald McBoing Boing”, que lhe valeria o Óscar de 1951 para melhor curta-metragem de animação.
Em 1959, durante uma campanha publicitária para a Ford, com Snoopy, Charlie Brown e os outros Peanuts, conheceu Charles M. Schulz, o seu criador, iniciando uma relação de amizade que levaria Schulz a confiar-lhe a missão de animar os seus (anti-)heróis, tendo para isso Melendez criado a sua própria companhia juntamente com Lee Mendelson, em 1964.
A primeira experiência foi “A Charlie Brown Christmas” (1965), no qual ele próprio fez a voz de Snoopy, apesar deste não utilizar palavras, apenas expressivos uivos, suspiros e risadas. Apesar da ruptura em relação aos filmes de animação em voga – usava vozes de crianças para as personagens, a banda sonora utilizava música jazz e numa das cenas Linus recitava frases do Novo Testamento – o filme foi um grande sucesso, transformando-se um clássico natalício e dando origem a mais 60 episódios para TV, cinco especiais de uma hora, quatro filmes e 400 anúncios, todos com o dedo de Melendez.
Uma nova nomeação para os Óscares, em 1971, pela música de “A Boy Named Charlie Brown”, 19 nomeações para os Emmy – e seis troféus – fazem parte do currículo de Bill Melendez, que trabalhou igualmente em versões animadas de Cathy, Garfield ou Babar.


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F. Cleto e Pina

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Livro sobre Tintin adulto retirado do mercado

Autor espanhol mostra um Tintin adulto, deprimido pela perda de Milu e do Capitão Haddock; Fundação Moulinsart, detentora dos direitos sobre a obra de Hergé, proíbe reimpressão

O livro “El Loto Rosa”, escrito por António Alatarriba e com ilustrações de Ricard Castells e (do pintor hiperrealista) Javier Hernandez, lançado em Dezembro último em Espanha, a propósito do centenário do nascimento de Hergé, não será reeditado, devido às pressões exercidas pela Fundação Moulinsart, detentora dos direitos da obra do criador de Tintin.
Editado pela Edicions de Ponent, é composto por dois cadernos, o primeiro com diversos ensaios teóricos sobre a obra de Hergé e o segundo com uma ficção inédita, que totalizam mais de 100 páginas a cores, num misto de texto e ilustração, alvo de um apurado tratamento gráfico.
Com uma capa decalcada da de “O Lótus Azul”, com um Tintin (aparentemente) nu dentro do grande jarrão chinês a olhar para um sugestivo baton rosa, o livro pretendia ser, segundo explicou recentemente numa carta aberta o seu autor, professor de literatura francesa no País Basco, argumentista e especialista em BD, “uma homenagem a um autor que admiro, no qual apresento Tintin doze anos após morte do seu autor”. E continua: “Afastado de aventuras e de resoluções justiceiras, o mundo do nosso herói veio abaixo: Haddock caiu no alcoolismo, o professor Tournesol foi internado numa clínica psiquiátrica e – o pior – Milu morreu. Para tentar superar a depressão, Tintin recuperou a sua carteira de repórter, mas os tempos mudaram e só encontrou trabalho na imprensa sensacionalista cor-de-rosa”. E conclui: “a partir daí embarca numa aventura muito “tintinesca”, céptica e adulta, na qual acaba por se iniciar sexualmente”, num registo próximo do policial negro, ambientado nos meios cinematográficos.
Ao diário “El Pais” Altarriba afirmou pretender focar duas questões: “a ausência da passagem do tempo – Tintin é sempre adolescente – e a abolição da presença feminina – nas suas aventuras a única mulher é a Castafiore”.
Apesar de Tintin não surgir directamente nas imagens e nunca ser mostrado em cenas sexuais, o todo não deixou indiferente Moulinsart, que por muito menos tem posto os seus advogados em campo, que no início tentou impedir a circulação da obra, pressionando a FNAC para a retirar das prateleiras, depois ameaçando levar o caso à justiça, considerando que o relato “perverte a essência da personagem”.
Agora, as duas partes chegaram a um acordo que permite às Edicions de Ponent escoar os 1000 exemplares da edição, contra o compromisso de não reeditar a obra, o que fará dela, sem dúvida, um objecto apetecível para os coleccionadores.
Altarriba, que revela “ter aprendido francês nos álbuns de Tintin”, desabafa: “desfrutai das vinhetas enquanto vos for possível ou até onde deixarem os seus “direitodetentores”, mas muito cuidado com os modelos em que vos inspirais, com as alusões que fazeis ou com as referências que utilizais”. E conclui: “depois disto, nunca mais escreverei sobre Tintin”.


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F. Cleto e Pina

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