Categoria: Recortes

A roupa com que a veste

Marini eleva o género negro a um outro patamar
Pranchas em tons de negro, branco e cinza com pinceladas pontuais de vermelho fogo definem o registo

Filadélfia 1950. Terry Slick é um gangster dos duros, um lobo solitário, especialista em assaltos ousados e rentáveis. Os acasos da vida – ou o que dela fez – obrigam-no a trabalhar para Rex Hollow, um dos senhores do crime locais, para pagar uma dívida do seu irmão.
Se, por razões diversas, a relação entre ambos nunca foi a ideal, torna-se mais tensa quando Slick, após ausência para combater na Europa, durante a II Guerra Mundial, descobre que Deb Caprice, a sua grande paixão, permanente e mal resolvida, é agora noiva de Hollow.
História negra e violenta, de paixões avassaladoras, ódios eternos e sucessivos ajustes de contas, “Noir Burlesco” parece não se desviar muito de obras primas que o cinema, a literatura e a própria BD já nos proporcionaram. A diferença para outras, está na roupa com que o autor a veste.
E não me refiro aos provocadores vestidos de Deb, curtos, decotados e reveladores q.b., nem das soberbas pinceladas de vermelho vivo cor de fogo nos seus cabelos e nos seus lábios sensuais, que atiçam todas as paixões e empurram mais para as chamas do inferno os que se aproximam demasiado deles ou os que deixam correr à solta os pensamentos inflamados que despertam.
São estas as roupagens a que me referia: o desenho duro mas atraente, a negro e branco com uma multiplicidade de cinzentos intermédios, conseguidos à custa de aguadas, que recriam magistralmente o lado sombrio da época e acentuam o registo que Marini adoptou nesta criação. Nela, Deb brilha a grande altura, num conjunto que graficamente prima pelo dinamismo das cenas, pela forma como o desenho e a utilização esparsa da cor nos conduzem por elas, muitas vezes sem necessidade de qualquer texto ou com este reduzido a diálogos, curtos, certeiros e incisivos, com a acção a acelerar ao ritmo das viaturas que os protagonistas conduzem, ao som dos tiros que ecoam em noite escura, em locais sombrios ou da violência latente que facilmente explode ao mínimo pretexto.
Primeiro de dois volumes, numa cuidada edição da Arte de Autor e de A Seita, “Noir Burlesco” é tudo o que prometia o traço do conceituado Marini e mais ainda pela forma como ele explora a limitada paleta cromática por que optou, e deixa o leitor (quase) capaz de matar pela conclusão.

Noir Burlesco 1/2
Marini
Arte de Autor/A Seita
104 p., 24,00€


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F. Cleto e Pina

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Espelho da água

Rui Cardoso Martins: “Num conto, as imagens são construídas com palavras, mas as imagens desenhadas são outro mundo dentro da criação”
João Sequeira adaptou em banda desenhada “Espelho da água”, um conto do escritor

O trabalho mais recente de João Sequeira intitula-se “Espelho da Água” e partiu do conto homónimo de Rui Cardoso Martins. Edição da Polvo, lançada no recente Amadora BD, foi o pretexto para falar com os dois autores.
O ilustrador revelou ao JN que, tendo tido sempre “com todos os argumentistas, espaço e liberdade para me exprimir, desta vez procurava ainda mais autonomia”. E explica: “Durante muito tempo, a etiqueta de autor completo, que se aplica a um autor de BD que escreve e desenha, pesou-me de forma negativa, porque o oposto é um autor incompleto. Este projecto ajudou-me a ultrapassar esse preconceito e a perceber que posso ser um autor completo sem escrever, porque uma adaptação para outra linguagem resulta sempre num outro objecto.”
Num primeiro contacto com Rui Cardoso Martins, recebeu quatro contos, mas foi “Espelho da Água” que visualizei com mais clareza”, seduzido “por histórias muito humanas e que combinam, de forma excepcional, o humor e o horror e “casam” muito bem com os meus desenhos e o meu imaginário.”
Quanto ao escritor confessa que sentiu “surpresa e alegria pela proposta” e, perante “os esboços aquáticos do Tejo que o João me mostrou, o seu entusiasmo e o seu uso do negro e do branco, disse logo que sim”.
Fazer uma adaptação implicou “distribuir a energia pelos desenhos e pelo argumento/adaptação, o que me levou a um envolvimento muito maior na história. Tive de tomar decisões que normalmente são do argumentista”, o que explica “o estilo adoptado: desenhos a caneta com alguns apontamentos a tinta-da-china aplicada com pincel, que resulta da urgência em pôr no papel as ideias que iam surgindo”. Reconhece que “a maior dificuldade foi ter de amputar o texto original, excluir frases muito boas, substituindo-as por desenhos ou sequências de desenhos, que espero estejam à altura da qualidade do texto”.
Depois do encontro inicial, lembra RCM, “o João foi apresentando visuais de paisagem, figuras, sonhos e pensamentos, hipóteses gráficas e de balonagem que me conquistaram. Basicamente, mandava pranchas e eu dizia sim, sim… Num conto, as imagens são construídas com palavras, mas as imagens desenhadas são outro mundo dentro da criação”.
E prossegue, negando um papel mais activo no processo: “Eu penei na minha altura, o João teria de penar na dele… É muito importante explicar que não fiz nem participei no argumento. O encadear, as frases escolhidas, as necessárias inserções do texto e dos pontos de vista visuais, pertenceram inteiramente à arte do João, que neste caso se aproximou da arte da escrita. Foi a minha primeira experiência a sério com a banda desenhada e entreguei a quem sabe a condução deste barco.”
E termina, com um elogio: “O desenho do João, às vezes violentamente cru no vazio entre o preto e o branco, é uma das chaves de “Espelho da Água”.


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F. Cleto e Pina

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A BD que vamos ler em 2020: surpresas, diversidade e continuidade

Portugueses vão descobrir versões alternativas de Bruno Brazil, Lucky Luke e Blake e Mortimer

Com a banda desenhada a viver um bom momento em Portugal, o ano de 2020 promete algumas novidade de peso.
A primeira, já em Janeiro, é “O Pacto da Letargia”, o novo livro de Miguelanxo Prado, que a Ala dos Livros edita em simultâneo com a versão francesa. “Chapéus há muitos, unicórnio” (Nuvem de Letras), “La filha de Bercingetorix” (ASA), a versão mirandesa da mais recente aventura de Astérix, “Quimeras fascinantes” (Arte de Autor), de Milo Manara, “Naruto #34” (Devir) ou “O Círculo de Júpiter” e “New X-Men: E de Extinção” (ambos da G. Floy) são alguns dos livros já anunciados para o primeiro mês do ano.
Alargando ao primeiro trimestre, a edição de BD no nosso país ficará marcada pelo regresso de três heróis que fizeram as delícias dos leitores da revista “Tintin”: “Bruno Brazil” (Gradiva), na versão actual assinada por Aymond e Bolée, “O Homem que matou Lucvky Luke” (A Seita), na visão alternativa de Matthieu Bonhomme, e “O último faraó” (ASA) , no qual François Schuiten, recria Blake e Mortimer na sua Bruxelas natal.
Se estas são três propostas franco-belgas, a diversificação do mercado nacional dá a garantia que os leitores continuarão a ter acesso ao que de melhor se faz um pouco por toda a parte, dos comics de super-heróis da Marvel e da DC Comics à BD mainstream norte-americana, do manga às criações italianas da Bonelli, dos autores nacionais aos espanhóis e brasileiros…. Ou, até Junho, romances gráficos como “O Gourmet Solirário” (Devir), de Jirô Taniguchi, “Harleen” (Levoir), de Stjepan Sejic, “Crónicas da Birmânia” (Devir), de Guy Delisle, “Mattéo” (Ala dos Livros), de Gibrat, ou “Os Soldados de Salamina” (Porto Editora), de José Pablo Garcia.
No que respeita aos criadores nacionais, a expectativa é grande em volta de “Balada para Sophie”, o novo romance gráfico de Filipe Melo e Juan Cavia, que só deverá ver a luz em Junho. Antes disso, já em Janeiro, as livrarias receberão para os mais pequenos 0 13.º volume de “As Aventuras de Zé Leitão e Maria Cavalinho” (Gailivro), de Pedro Leitão, a versão integral do manga nacional “Júpiter” (Escorpião Azul), de Ricardo Lopes, e “Andrómeda” (A Seita), de Zé Burnay.
O crescimento da edição de BD no nosso país nos anos mais recentes é uma realidade: em 2019, foram mais de 250 as novidades editadas, tendo sido vendidos cerca de 320.000 exemplares, correspondentes a um volume de negócios bruto de 3,5 milhões de euros. Dois factores que contribuíram decisivamente para este estado de coisas foram a diversificação temática e a edição regular de novos volumes das séries em curso e 2020 promete manter essa regra. Se a G. Floy promete terminar, durante o primeiro semestre, “Ms. Marvel”, “Harrow County” e “Descender”, haverá igualmente novos volumes de mangas como “My Hero Academia”, “Assassination Classroom” ou “Blue Exorcist”, mais humor de “Baby Blues”, o segundo volume da antologia fantástica nacional “Umbra”, o western em “Comanche”, “Duke” ou “Undertaker”, a ficção histórica de “Os Escorpiões do deserto”, a biografia de “Estaline”, os mitos da antiguidade em “O nascimento dos deuses”, o erotismo de “Druuna”, a guerra em África em “Ermal”, os super-heróis de “Black Hammer” e do selo DC Black Label ou a estreia, em Fevereiro, de “Narval, o unicórnio dos mares”, uma nova série infantil.
E, nas bancas e quiosques e por assinatura, haverá duas novas colecções: “Astérix” e “Os Heróis mais poderosos da Marvel”, que se vêm juntar às do Príncipe Valente e do Homem-Aranha, já em curso.


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F. Cleto e Pina

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Maurício de Sousa na Comic Con 2018

O criador da Turma da Mônica será um dos grandes destaques da Comic Con Portugal 2018, que vai decorrer de 6 a 9 de setembro no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras.

Nascido em 1935, em Santa Isabel, Maurício de Sousa era repórter policial, quando criou o cãozinho Bidú, em 1959. Seguir-se-iam Franjinha, Cebolinha, Mônica, Cascão, Magali, Chico Bento e muitos mais, com os quais ensinou a ler gerações de brasileiros e conquistou leitores em dezenas de países.

Depois de Yves Sente, Mark Waid e Batem, o criador brasileiro é o quarto convidado confirmado da área de BD , a que se junta também o actor Dolph Lundgren.


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BD grátis no Porto

A livraria Mundo Fantasma, associa-se mais uma vez à comemoração do Free Comic Book Day, oferecendo aos seus visitantes durante o dia de hoje duas revistas de BD grátis (três se fizerem compras). O evento inclui também exposições, apresentação de livros, oficinas criativas e um mercado de Edições Independentes.


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Guerra Infinita: Uma festa com muitos convidados

Dez anos e 18 filmes depois, o Universo Cinematográfico Marvel está em festa, mas os convidados de honra são os espectadores.

“Vingadores: Guerra Infinita”, cuja estreia portuguesa, ontem, antecedeu em dois dias a norte-americana, é um longo filme que vem unir as pontas deixadas pelas anteriores películas Marvel e, por isso, congrega os super-heróis que até agora os protagonizaram, num reencontro com Robert Downey Jr, Chris Evans, Scarlett Johansson, Zoe Saldana ou Chris Pratt, agora em companhia de Josh Brolin, um convincente Thanos.

Esse era um dos maiores desafios dos realizadores, os irmãos  Anthony e John Russo, enfrentavam: dar sentido a dezenas (literalmente) de protagonistas e a verdade é que cada um deles se revela necessário quando a Terra e os seus defensores enfrentam a maior das ameaças: o vilão galáctico Thanos, que chega com o duplo propósito de encontrar algo e destruir o nosso planeta.

Se em termos técnicos o refinamento das produções Marvel/Disney é evidente, e o filme está bem equilibrado no que a humor e acção diz respeito, esperava-se um pouco mais da realização, apenas bem conseguida. O seu grande mérito, é ter originado um filme com tudo para agradar aos fãs cinematográficos Marvel, ao mesmo tempo que pode atrair os leitores de BD, pois segue de perto a saga “Infinito”, escrita por Jonathan Hickman, que a Goody acaba de lançar em português, numa mini-série com 4 números. Isso, possivelmente, proporcionará uma rápida rentabilização dos cerca de 300 milhões de euros despendidos na sua produção, o que faz dele um dos mais caros da história do cinema.

No final, satisfeitos com o filme, a desilusão dos espectadores será apesar de tudo grande. “Vingadores: Guerra Infinita”, é só um (bom) aperitivo para a conclusão que está agendada para daqui a um ano.


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Exposição com inéditos homenageia Artur Correia em Moura

“O Humor de Artur Correia” é o título da exposição com que a  Câmara Municipal de Moura homenageia um dos principais nomes portugueses do cinema de animação e da banda desenhada humorística.

Artur Correia faleceu a 1 de Março último, mas esta “exposição/homenagem já estava programada bem antes disso”, revelou ao Jornal de Notícias Carlos Rico, um dos responsáveis pela iniciativa.

A mostra, inaugurada hoje, domingo, às 15 horas, está inserida na 38.ª edição da Feira do Livro de Moura e, “mais do que debruçar-se sobre o conjunto da obra de Artur Correia”, baseia-se essencialmente “em material poucas vezes ou nunca antes exposto em público”. Entre ele, “contam-se projectos não concluídos, como por exemplo a “História do Bairro Alto” – onde o autor nasceu – ou a “História de Sesimbra” – da qual apenas terminou cinco magníficas pranchas”.

Do autor de “Super-heróis da História de Portugal” ou de “O Romance da Raposa”, estarão também disponíveis “esboços, ilustrações, argumentos, guiões, storyboards, jogos, revistas, capas de discos e filmes de animação”. Serão também mostrados “trabalhos muito pessoais, como cartões de Parabéns e de Boas Festas que o autor oferecia regularmente ao filho. Trata-se de autênticas obras de arte, personalizadas com temas específicos ou assuntos familiares e, na maior parte das vezes, com construções de armar dentro do cartão”.

Patentes até 26 de Abril estarão igualmente “testemunhos escritos e desenhados de colegas e amigos”. Alguns deles estarão presentes na sessão de homenagem, agendada para dia 21 de Abril, às 16h30, que contará com a presença da viúva, do filho e da nora de Artur Correia, na qual será apresentado o décimo número dos Cadernos Moura BD, com duas bandas desenhadas inéditas: “Donzela que vai à Guerra” e “A Nau Catrineta”.


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Banda desenhada perde F’Murr

Nascido Richard Peyzaret, a 31 de Março de 1946, o autor francês F’Murr faleceu aos 72 anos. Após estudar artes aplicadas, trabalhou no estúdio de Raymond Poïvet, onde viria a conhecer Mandryka e René Goscinny, que lhe abriram as portas da revista “Pilote”, a partir de 1971.

Convidado do Salão de BD do Porto em 1991, F’Murr, que publicou igualmente na “Circus”, ”Fluide Glacial”, “(À Suivre)” ou “Métal Hurlant”, desenvolveu uma obra misto de humor, sarcasmo, poesia e absurdo, em que se destaca a série “Le Génie des alpages”, com 14 álbuns publicados entre 1973 e 2007, entre eles “Barre-toi de mon herbe” (1977), distinguido como melhor álbum do ano pelo Festival de BD de Angoulême.


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Faleceu o realizador de “Heidi” e “Marco”

O japonês Isao Takahata faleceu aos 82 anos, vítima de cancro do pulmão.

Nascido em Ise, no Japão, a 29 de Outubro de 1935, nunca tinha desenhado nem sido animador, antes de assumir a profissão de realizador de animação.

O seu nome será desconhecido de muitos, mas foram várias as gerações que conheceram e apreciaram a sua obra, na qual se contam as séries originais de “Heidi” e “Marco” através das quais a animação nipónica começou a ser conhecida no Ocidente.

A primeira, a história de uma órfã entregue aos cuidados do avô, um rude pastor dos Alpes Suíços, estreou-se no Japão em 1974 – e dois anos depois na RTP – e conquistou gerações de crianças e adultos,

Quanto a “Marco: dos Apeninos aos Andes”, adaptação de “Coração”, de Edmondo de Amicis”, que narra a viagem de uma criança, de Itália até à Argentina, em busca da sua mãe, foi exibida pela primeira vez em 1976, surgindo um ano depois na televisão portuguesa.

Co-fundador dos Estúdios Ghibli, em 1985, com outro grande cineasta, Hayao Miyzaki (“A viagem de Chihiro”, “Princesa Mononoke”), com quem sempre manteve uma grande cumplicidade e colaboração, Takahata tem no seu currículo obras mais pessoais, entre as quais se destacam “O Túmulo dos Pirilampos (1988), “Pompoko” (1994) ou “A Família Yamada” (1999).

A sua última obra, à qual se dedicou durante treze anos, foi “O Conto da Princesa Kaguya” (2013), que teve estreia na Quinzena dos Realizadores de Cannes e lhe valeu uma nomeação para o Óscar de melhor longa-metragem animada, em 2015.

Há algo de injusto em reduzir a carreira do japonês Isao Takahata (1935-2018), que morreu na quinta-feira, aos 82 anos, de cancro do pulmão, à do “outro sócio” do estúdio de animação Ghibli. Enquanto o seu amigo, cúmplice, sócio e rival Hayao Miyazaki, autor de O Meu Vizinho Totoro, Princesa Mononoke ↗ ou A Viagem de Chihiro ↗.


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F. Cleto e Pina

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Lara Croft: a outra vida nos quadradinhos

Lara Croft surgiu na BD em 1997, numa aventura a meias com Witchblade, assinada por Michael Turner.

Dois anos depois, estreava uma revista própria, que se prolongou durante cinquenta números, com a participação de autores como Dan Jurgens, Mark Millar ou Geoff Johns, e com mudanças sensíveis em relação aos jogos e abordagens variadas em termos gráficos e temáticos.

Em 2014, a Dark Horse Comics ressuscitou-a, escrita por Gail Simone, para fazer a ponte entre o regresso de Lara aos jogos, em 2013, e a sequela “Raise of the Tomb Raider”.

Em Portugal, foram editados “Saga da Máscara de Medusa” (Devir, 2001) e “Em busca de Sangri-La” (2003), bem como uma colecção de doze revistas.


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F. Cleto e Pina

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